terça-feira, 26 de maio de 2009

A BARRELA
(É SÓ PARA LEMBRAR!)


Como não podia deixar de ser e atendendo a que tudo na vida é cíclico, voltou em grande força a moda da barrela à nossa área geográfica, não assente num paradigma para nos beneficiar, mas com um objectivo bem definido, que é a tal “vocação de poder”, tão convictamente fincada.
Começou a corrida às eleições; se bem que a temporada ainda venha longe e muitos acontecimentos poderão suceder-se por entre surpresas agradáveis ou nauseabundas, ditos e boatos peixeirescos, pregões duvidosos com cheiro a bafio, apresentados por mixordeiros e barreleiras da verbação sem nível, que embriagados de sectarismos doentios, apenas têm como fim único promover uma lavagem encefálica aos desgraçados dos portugueses, que, mesmo de tarraxas apertadas ainda são capazes de vir a cair na mesma patetice, na esperança de miragens que como sempre, se traduzem em promessas por cumprir.
Atenção que esta moléstia, esta febre-amarela ou febre-oxigenada como lhe queiram chamar, já chegou às terras Oliveirenses.
É bem verdade que Luís Filipe Meneses afirmou que só sairia da liderança do PSD à bomba. Mas saiu e não foi à bomba!... Talvez por razões que por certo só ele saberá. Porém o que está aqui em causa não é mudar de ideias, mas sim o ter ideias para fazê-lo, virtude que não está ao alcance de qualquer sabujo/a, que se preze de ter uma personalidade vincada e muito própria.
Sou de opinião que quando uma pessoa não está bem deve retirar-se e não andar a fazer de sola de alpergata, por uma questão de posição social de que muitas vezes a sua cabeça não é merecedora.
Criou-se de facto um grande alarido à volta desta tomada de posição, que a meu ver não tem nada de transcendente, manifestando apenas “uma luta de família” cuja contenda se vem arrastando com toda a normalidade que lhe é inerente, e, não só a uma, mas a todas do nosso estrelato, constituinte das nossas galáxias políticas.
Existem de facto outros actualismos que pela sua excomunal dimensão, muito mais dores de cabeça têm dado aos portugueses.
Para avivar a memória daqueles que procuram desviar a atenção dos portugueses dando grande relevo a querelas resolúveis e ao mesmo tempo difundir a sua imagem desgastada pelo tempo e pelo bater sempre na mesma bigorna, só quero relembrar três actualismos que deram, dão e darão água pela barba a todos nós e não foram obra de Luís Filipe Meneses nem da sua “família”, alaranjada.
Começando pelos serviços de saúde, cujos problemas cada vez mais se vêm avolumando, passando pelo busílis da educação, que não sei no que irá dar, mas pelos ventos que sopram são capazes de arrastar uma cambada de futuros analfabetos e incompetentes, como se actualmente a sua existência seja diminuta!?… E já agora, para temperar a caldeirada, que tal fazer emergir à tona da memória, a questão da segurança, onde já nem dentro de uma esquadra de polícia se está seguro e lembrar os recibozinhos verdes?... E agora a vergonha bancária?...
Pois é!... Nada disto foram obras de Luís Filipe Meneses, nem do PSD ou de quaisquer outras alas partidárias de esquerda ou de direita; apenas do PS (Partido Socialista).
Porém, no meio de toda esta algazarra, não compreendo como existem pessoas que depois de terem passado pelas universidades, adquiriram um discernimento tão fraco e desaferrolham umas arremetidas com um vocabulário doutorísticamente tão pobre!... Essas é que são mesmo dignas de um “bailinho” à laia de ensaio de rancho folclórico, porque é muito feio falar-se com a saia trilhada. A meu ver, talvez até não fosse mau um “bailinho” da Madeira, que eu muito aprecio pela exigência do seu frenético ritmo, contundência de movimentos e afirmação no bater do pé (…se queres, queres; é para já; se não queres, vira-te p’ra lá!...).
Penso que os meus lentes me entenderam.
E agora, “amigos” Oliveirenses, aconselho-vos que abram os ouvidos e fechem os olhos, para poderdes ver melhor.
Não vos deixeis iludir por palavras com cariz falacioso, que não passam de saloias barrelas à moda antiga. Protejam os olhos da potassa que acinza contém.


António Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu

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