domingo, 8 de fevereiro de 2009

“EU CÁ, GOSTO É DE MALHAR NA DIREITA”!...

“Eloquentes” palavras do co-governante Augusto Santos Silva, Ministro dos Assuntos Paralamentres do Governo PS. Como é óbvio e se tem verificado, esta medida também se estica aos partidos de esquerda, a começar pelo PCP e a acabar no BE, que apesar de eu não comungar dos seus ideais, são aguerridos e frontais na divulgação das verdades que muitos não gostam de ouvir. Bem hajam por isso.
Eu cá gosto de malhar na esquerda, sobretudo no PS; asnáticos vocábulos de António Figueiredo e Silva. Eu!...
Fiquei deveras perplexo ao ouvir as palavras que titulam esta crónica, repletas de ironia, da boca de tão inlustre figura, professor universitário, deputado, cujo título honorífico de Professor Doutor não é merecedor da sua sapiência que, perante a afirmação acima referenciada, para mim, bota abaixo a sua “nobre” titularidade.
Segundo palavras vertidas pelo do mesmo autor, “Professor Doutor" Augusto Santos Silva, ao ouvirmos a frase, “A Democracia Portuguesa”, até ficamos com a impressão de que existe mais um modelo de Democracia de genuína criação portuguesa, que os versados na matéria, por incúria ou incapacidade se esqueceram de acrescentar ao nosso léxico.
É a isto que eu chamo um manancial de conhecimentos de alta-fidelidade! E vamos lá nós termos fiabilidade na lentidão neuronal integrada no encéfalo de alguns lentes a ele análogos. Pelo muito que tenho ouvido, e, adindo agora estes conjuntos vocabulares, devo realmente concluir que as universidades, lamentavelmente não são o sumo científico do universo.
Em minha opinião, este Sr., que deve sentir ainda que enganadoramente, uma autoconfiança superlativa, está a tornar-se, suponho que sem dar por isso, o pior adversário do partido que milita.
“Eu cá, gosto é de malhar na direita”!... Considero esta expressão consequente de uma obsessão doentia, asseverando uma determinação conflituosa que em Democracia se aparenta ridícula e não leva a lado algum. A menos que a intenção por ele inventada e pragmaticamente expressa, faça parte de uma nova democracia!?... “A Democracia Portuguesa”. Contudo, se assim o for, vai ter o Manel Monteiro à perna. Ai vai, vai!
Não excluo porém, a hipótese de que esta ideia pegue na moda e dê para exportação, compensando deste modo o equilíbrio da nossa balança de transacções que tem andado bastante desequilibrada negativamente para o nosso lado, consequência da óptima governação que o inlustre Ministro tão acerrimamente defende.
Quando se está numa posição de topo, é imprescindível ter-se cuidado com o que se diz quando transmitimos as nossas palavras para milhões de tímpanos. Não devemos confundir, Caro Sr. Ministro, uma emissão televisiva com uma tertúlia num típico café de Coimbra ou noutro sítio qualquer.
Temos que ter sempre em linha de conta, que o preço a pagar é o sentido inflacionado daquilo que dissemos, cuja inflação é directamente proporcional à posição que ocupamos na sociedade.
Eu cá, gosto é de malhar na esquerda!...
Já sabe qual.


António Figueiredo e Silva
Coimbra

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