MISTÉRIOS DO/s TOMATE/s
Os mistérios são como as expressões dos
tomates;
embora incompreendidas, alimentam
crenças.
(António Figueiredo e Silva)
ЗАГАДКИ ПРО
ПОМІДОРИ/с
GEHEIMNISSE DER
TOMATEN
ТАЙНЫ ПОМИДОРОВ
Quando os tomates arregalam os olhos…
É porque algo não lhes
agrada, lhes dá prazer, ou porque as mãos que os tocam ou apalpam os enchem de
admiração.
São semelhantes aos
seres humanos. Os sentimentos interiores, refletem-se na face, não é?!
Ainda que não acreditem,
com estes frutos acontece a mesma coisa, - a foto, isso confirma.
Repare-se na reacção da
figura inserida: de olhos esbugalhados, bem assim como a boca aberta, numa
mistura de contentamento e ao mesmo tempo, de pasmo e surpresa.
Ninguém, com imaginação
saudável, pode afiançar que os frutos podem ver e sentir como gente; no
entanto, eu creio, com “profunda” convicção, que os tomates, e outros frutos, são
possuidores dessas faculdades naturais. A Natureza não erra – às vezes!?
Só espero que os ledores
desta narrativa não interiorizem esta minha conclusão investigatória como verdadeira,
e se lancem loucamente por aí, a apalpar os tomates a eito, sobretudo os que não
são sua pertença, p´ra certificarem a “certeza fraudulenta” das minhas conjecturas,
que, por enquanto, são alicerçadas na desconfiança.
É preferível e menos
arriscado, cada um, com carinho e brandura, apalpar os que se encontram na
semeadura da sua quinta, ou, com alguma cautela, suplicar a alguém de extrema
confiança e mãos sedosas p’ró fazer – devo lembrar que quem labora, deve ser
remunerado pelo trabalho realizado.
Como já sei que há laparôtos
que acreditam em tudo, devo dizer a esses lunáticos, que todo o cuidado é
preciso. Por isso, advirto esses “marmelos”, que, se motivados pelas suas
pulsões, tencionarem fazê-lo em talhão alheio, que não o façam sem se
precaverem com um capacete, porque estão sujeitos a umas bordoadas na tola. Depois
não se lamentem!? Não digam que não foram informados.
É que eu tenho os
tomates como um fruto muito melindroso. Devem ser bem tratados, regados e
estimados por quem sabe da poda e que tenha mãos delicadas; ou, em caso de incerteza,
manuseados pelo próprio dono do tomatal.
É que estes frutos,
quando apertados mais do que o devido, podem murchar, ou até, entrarem em acelerada
putrefacção.
Bem, no fim desta minha
jocosa dissertação sobre o “espírito” e a delicadeza deste fruto, que são os
tomates, devo aconselhar que cada dono trate dos seus. Dá trabalho, mas o prazer
compensa.
Sei que esta
escrituração vai gerar algum peso naqueles que os não têm; por privação de
terreno ou infertilidade do mesmo, ou falta força de vontade para trabalhar.
Mas isso já são circunstâncias que não pertencem ao meu domínio.
Muito mais haveria p’ra
dissertar sobre estes frutos coloridos, polifacetados, variados e encantadores,
mas fico por aqui.
Vou, mas é tratar dos meus,
que bem carecem. As condições climáticas a isso obrigam.
António Figueiredo e
Silva
Coimbra, 20/08/2024
Nota:
Não uso o AO90.
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