DIARREIA COGNITIVA
Para
quê preocuparmo-nos com a morte?
A
vida tem tantos problemas que temos
de
resolver primeiro.
(Confúcio)
“DIARREIA”
COGNITIVA
Se saírem pela traseira, é uma
“oportunidade” única que só têm a chance de experienciar uma vez. Se saírem por
onde ingressaram ainda podem ter muitas possibilidades de, mesmo que atanazados
por algum sofrimento, aturarem este mundo-cão e selvagem, de princípios éticos
danificados, que a todo o custo lhe apetece rapinar a parte material, e também
lhes subtrair o descanso do lado afectivo, através de imposições anti-moralistas,
que o ser humano não comporta, mas é
coagido suportar.
Ao menos, o finamento, apesar de ser
indesejado, resolve-lhe os problemas de uma vez por todas e só lhes pode
extorquir um valor que parece ser o bem mais precioso que tem; a vida. Mais nada.
Esta condição universal, mais não é do
que uma passagem, que num piscar de olhos se volatiliza e nunca mais eles voltam
a relembrar; da mesma forma, que nunca se lembraram de haverem nascido. Esta
dualidade de raciocínios parece diferente entre si, contudo, não deixam de não
ser equivalentes; tanto no ponto de chegada como no cais de partida.
Há porém um acontecimento que não se
arreda da realidade; esquecemo-nos e de que o nosso corpo vai desvivendo a cada
segundo que passa; essa duração é um factor contabilizado com rigorosa precisão
no relógio Universal da Natureza e entra no livro da existência como um débito
da vida, cuja indemnização vai ser coercivamente liquidada com o Fim, ou oferecida como o Princípio!?
Por considerar-me humano e estar sujeito
a erro na apreciação, quero, com natural modéstia, admitir que a minha
sabedoria não é infinita, consolidando as minhas dúvidas nas conclusões do texto
que acabei de compor.
Estas linhas e sua livre interpretação,
ficam ao critério de quem as lê, para subsequente busca da razão, que eu, por
“muito” que deseje, não consigo obter.
Mas, pensando melhor, mesmo com todos os
contratempos que ao ser humano possam surgir, julgo ser preferível sair d’O HOSPITAL pela porta da frente – e sem
“rolha”!?
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 09/08/2022
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço por não usar o AO90
Adorei!! Creio que vou ficar leitora crónica. Parabéns!!
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ResponderEliminarSe assim o deseja, tudo bem. Obrigado