SENTIMENTO DE GRATIDÃO
SENTIMENTO
DE GRATIDÃO
Há pessoas que, mercê das suas virtudes salutares em benefício do bem-estar do seu semelhante, nunca deveriam cair no esquecimento.
Esta é,
indubitavelmente, uma das criaturas a quem a Divina Providência consagrou as
mais invulgares qualidades – não é que não existam outras que não as possuam,
só que, talvez por imperfeição do carácter, delas não fazem prática.
Ela é infatigável
a “abraçar com sublime paixão”, aqueles que da sua ajuda estão carentes;
competente, humilde e douta em conhecimentos técnicos no que concerne ao Pé
Diabético; é dotada de um sentido de altruísmo incomum e desprovida de inveja
ou ambição materialista desmedida; carinhosa, educada, indulgente e humana, sem,
contudo, se prestar a servir de capacho onde qualquer “cão vadio” se atreva a defecar; não verba muito nem pouco. Sem
recorrer a altercações ou modos grosseiros, quando em defesa das suas opiniões
concisas, limita-se apenas a proferir o essencial; a sua linguagem corporal, para
quem a compreende, como é óbvio, diz o resto; realidades que com clareza estão
gizadas na ardósia do implícito e só os inteligentes e os capazes conseguem
enxergar – “para quem não é tolo, meia
palavra basta”.
Considero a
sua despretensiosa e impagável assistência, um dos pregos caibrares que une as
traves-mestras que sustentam a consistência da reputação inerente àquela
associação de bem-fazer – Associação do Pé Diabético de Ovar -
pertencente a esta cidade. Uma instituição que ela própria ajudou a conceber e
a desenvolver, e para a qual tem dado, com paridade na deferência e na
dedicação, o melhor do seu saber, da sua condescendência e do seu
profissionalismo, em prol dos diabéticos que dos seus serviços carecem.
Não posso
deixar de não dizer, que foi graças ao seu empenho, discreto, mas preciso, e à
benemerência de ovarenses de relevo que nela acreditaram, depositando toda a
sua confiança e auxílio, que esta instituição foi erguida. É verdade! A estes,
estejam neste Mundo ou em outra dimensão transcendente, também quero aqui
manifestar o meu mais afincado apreço e gratulação.
Há mais de
trinta anos que, sem submissão a palhaçadas ou ditos desmotivadores, porém por
decisão própria e com grande investimento de momentos subtraídos ao seu
descanso, tem vindo a transformar aquele espaço associativo num lugar
aconchegante e de esperança para muitos diabéticos, além de contribuir para que
aquela agremiação se tenha metamorfoseado numa obra de grande valor social para
comunidade local - e não só – da qual Ovar bem se pode orgulhar.
O que ela tem
vindo a fazer de bem, com generosidade e brio profissional, creio que é impulsionado
por uma singularidade geneticamente timbrada no seu ser, que a acalenta e faz
transpor montanhas, e a qual eu considero de valor incalculável; PRESERVAR O
BRILHO NA DISTINÇÃO DO SEU CARÁCTER! Não vejo outra razão. Que eu saiba, é
a única retribuição que a si própria tem exigido como remuneração pela sua
prestimosa ajuda dispensada à causa do Pé Diabético.
Aqueles que
por ali passaram e continuam a passar, são a prova suficiente para certificar o
que vou dissertando sobre a tão icónica figura, que, pro bono, tem doado parte da sua vivência - e não só -, à Associação
do Pé Diabético de Ovar (APDO).
É uma figura
por quem nutro grande apreço e admiração! Porque, sem quaisquer interesses
pecuniários, tem dedicado parte da sua vida à honorável causa daquele estabelecimento
de filantropia, que ajudou a fundar. Uma Grande Obra, erigida com
tijolos de dedicação e assente sobre sólidos alicerces de persistência.
É natural que
no relvado da inveja possam abrolhar alguns “ramalhetes” de depreciação e mesquinhice,
mas estou crente de que nem Instituição, nem esta Digníssima Sra.
se vão deixar derrubar.
Sentir-me-ia
feliz, se esta “meia dúzia linhas mal-alinhavadas”, esculpidas no rochedo
granítico mais puro da minha sensibilidade, viessem a fazer parte do historial
de Ovar, esta terra bendita, que por alguma razão, a brisa marinha com
suavidade e frescura há tempos esquecidos, vem abençoando e arejando - provavelmente,
há milhares de anos.
A concluir: jamais
olvidarei Ovar, a Instituição de Benemerência nesta terra
fundada, e, particularmente, o altruísmo e dedicação à causa diabética, da
mui distinta e honrosa, senhora… Enfermeira Ana Rêgo.
Bem-haja.
António
Figueiredo e Silva
Ovar, 11/07/2022
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Obs:
Faço por não usar as gafes do AO90.
(Prefiro as minhas).
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