PALAVRAS DE DESESPERO
“…nada tem que ver com a cultura do PSD”,
invocando os princípios do respeito,
solidariedade e lealdade.
“Não
admito que nenhum combate político
seja condicionado por agendas pessoais,
pela
mera ambição pessoal e o regresso
ao passado”…
António José
Seguro
(in Público)
PALAVRAS DE
DESESPERO
Na realidade, a
sapiência do povo não tem limites; “a
cara é o espelho da alma”.
Este
divergente cavalheiro, que com distinta coragem tem vindo a ser o defensor de
um dos partidos políticos que até agora foi o que mais contribuiu na feitura arquitectónica
para esta crise, a obra-prima do pantanal em que nos encontramos, vem agora
evocar os princípios do respeito, solidariedade
e lealdade. No seu próprio interesse, esgrime os interesses dos portugueses
como escudo, tentando abrir caminho à força para as eleições antecipadas, com o
consequente afundamento de tudo isto.
Quem mais tem demonstrado gana ambiciosa do
que ele?
O que aconteceufoi
que o “fantasma” de António Costa
veio agora assombrá-lo e Seguro sabe
que a sua segurança fica em risco, podendo fazê-lo cair abaixo do penhasco. Que
é o mais certo.
Como muitas vezes acontece com todos as
aparições, esta também se desvaneceu, não por si só, mas por obra e graça dos
interesses aos tachos políticos em mira, regidos por mentores com calosidades
no traseiro, cuja função se baseia numa ideologia e na estratégia a ser
aplicada, para que a falange funcione como um todo. Estes labutam nos
bastidores e são as amarras e as colunas que agarram e suportam as pedras
destinadas ao equilíbrio da estrutura. O resto são “vítimas” vergadas sob o
peso da sua ambição pessoal, manipuladas e empurradas para lugares cimeiros,
onde apenas lhes é permitido dizerem o que não sentem.
É a partir
deste pressuposto que a figura fantasmagórica desapareceu do caminho de António José Seguro; só que, outra
ficou acenada para a presumível (ou mesmo certa) ocupação do seu espaço,
montada na deslavada fisionomia de Francisco
Assis.
É pena! Sempre
foi um bonito papagaio, “charmoso” e acutilante, não obstante deixar sempre
predominar nas suas inervenções, um vazio no conteúdo e uma determinada
escassez de convicção, que perfeitamente se podiam contemplar.
Quanto à
entidade que se volatilizou com toda a sua calma aparente, maquilhada por um
sorriso astucioso, não tardará muito tempo que ela não volte a aparecer,
contudo, sem vontade para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Aí, o vôo será
mais ambicioso e de maior altitude. O penacho e os privilégios que estão na
mira serão superiores; as bajulações serão mais fingidas mas com cortesias
requintadas; o habitat será mais
faustoso e ricamente decorado; a segurança, apesar de fazermos parte de um país
onde a cainça ladra sem morder, é reforçada; o miserável ordenadito, também subirá
de fasquia e já deixa uns trocados para ir aos saldos nas grandiosas casas
comerciais de Londres e Paris, ou às lojas do ôlo lasgado, impoltado do
Oliente, onde se compla mais balato (isso
é que era bom!); não subtraindo ao consolo, como é evidente, apesar de não ser
ir à lua, umas viagensitas à volta do mundo, com uma colmeia de acompanhantes,
etc. Se isto suceder, nós compensaremos com mais umas troikadas no costado, que é para suspendermos a nossa mentalidade
asinina.
Pois… É melhor
António José Seguro ir lubrificando
os patins e estudar com segurança o seu próximo itinerário, para evitar o regresso ao passado,
porque estão aí a vir as eleições para a Presidência da República, cuja fatia já
se vê que está a ser cozinhada, todavia não chegará à sua ambiciosa dentição.
Para o outro,
também espero bem que não chegue, porém, ele parece muito aproveitador… E
solidário para com os portugueses no respeita às medidas de austeridade. Aliás,
tem-se notado o seu esforço nesse sentido.
Por mais
agressividade discursiva que aplique António José Seguro, os seus espiches, não
são mais do que palavras de desespero.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu
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