O "dr." ZIG-ZAG
No dia em que a política beneficiar as populações,
e
não estiver ao serviço dos interesses de certas classes,
teremos, não só um país, contudo, um mundo
melhor.
(António Figueiredo e Silva)
O “dr.” ZIG-ZAG
(Lérias artilhadas para as legislativas
2022)
Umas
vezes, obstinadamente recusou-se a negociar com quem quer que fosse (se calhar
incluindo o Diabo), argumentando que, se não ganhasse por uma “universalidade”
absoluta, demitir-se-ia do cargo de orientador faccioso e certamente iria “apanhar
fava-rica para o Algarve” ou, em último salvatério, (digo eu), ”catar chatos p’ra
outro lado” – isto quando “erudito” estava na posição ZIG.
No
entanto, à semelhança das fases lunares - que não apresentam sempre a mesma aparência,
e uma vez que “C” lhe tinha dado duas
parelhas de coices de negação, abriu o
baú da sua “corroída, porém maliciosa condescendência” e prontificou-se a
entabular uma negociata com “B”, na
mira de repartirem entre si, o producto, do “saque”, resultante da presumível
conquista do poleiro, menosprezando o resto dos figurantes do abecedário; tidos
como incompetentes, porém, seus antagonistas na esgrima - quiçá mais argutos e
sabidos, quem sabe!? Neste caso, estava no ZAG.
Ulteriormente,
sentindo que a maré estava a apresentar-se bastante procelosa e encapelada e lhe
estava a desviar a areia de debaixo dos pés, manhoso, perdeu a cagança (mas não
a manigância), e modificou a estratégia, posicionando-se novamente para o ZIG. Passou
então a mostrar-se amável, receptivo a negociações com mais alguns dos caracteres
do alfabetário, baixando, inconformado, claro, o seu florim, e com ele a sua obstinada
e exigente sobranceria e o seu arreigado egocentrismo, cujo gesto foi,
manifestamente, a profecia cataclísmica de um inconfortável “perdedor” – penso eu.
O
mais espirituoso é que, emocionalmente empobrecido (ilações minhas), ao sentir
a corda no gasganete, passou novamente para a orientação
ZAG e,
implicitamente, num último alento, encetou a suplicar clemência às letras sobrantes
do alfabético, propondo-se a mercantilizar com todos os símbolos, menos com um,
que é o “X” (?), que ele aparenta “abominar”
– que não afianço tal azedume.
Por
este deambular, não tardará muito que qualquer dia estará em negociações com
alfabeto inteiro, se de tal carecer, para atingir o cume das suas ambições, e,
se necessário até, “vender a alma ao Diabo”. Já nada me surpreende as variações
das tomadas de posição do “dr.” ZIG-
ZAG, dada instabilidade emocional que o tem perseguido.
Como
se pode observar, o “dr.” ZI-ZAG,
é dotado de uma personalidade de movimentos sinusoidais, que varia ao sabor da mudança
de polarização do campo magnético que suporta a sua ganância. Converteu-se num
especialista em doutrinas de expectação, que representam tão só, um saco cheio
de nada, a ocupar lugar amorfo na cabeça dos “tolos”. Apesar disso, não deixa
de não me cheirar a pernicioso.
Esqueceu-se,
porém, de um factor se suma importância; que a falta de carácter arruína a honorabilidade,
e com esta, a confiança também se dissipa. Porque a classificação do carácter
de uma pessoa, é aferida pelas atitudes. E o “dr.” ZIG-ZAG
tem tido posturas que isso levam a crer.
Por
agorá chega. Vou suspender o espigar de mais verborreia sobre a matéria, porque
concluí que já não tem mais ponta por onde se lhe pegue.
Bem,
Domingo, mais ou menos à hora da “Missa-do-galo”, será cerimoniosa e festivamente
divulgado se ele continuará no ZAG,
se mudou para o ZIG, se prosseguirá com o
usual “decoro”, em ZIG-ZAG, ou se realmente
irá “catar chatos p’ra outro lado” – como costuma o “Zé
Povinho” dizer.
Cá
estarei p’ra ver – pelo menos, até lá, alimento essa esperança.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
27/01/2022
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço
por não usar o AO90.
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