SE NÃO MAIS...
Nada é impossível para aquele que persiste.
(Alexandre o Grande)
SE NÃO MAIS…
…Para despoletar
uns cestos a abarrotar, não de bagos, mas de contentamento, num lagar de
prometimentos que a conveniência obriga a fingir, não deixando por isso, que a
coisa não seja séria para nós, portugueses.
Aí o temos, de marmeleiro na mão,
decidido a transformar o maçador e repetitivo ambiente pré-eleitoral, uma
contenda por norma sórdida e por vezes irritante, num arraial alegre e
tipicamente minhoto, onde não faltarão as sinceras marteladas, construídas com
palavras de plástico, para evitar o cheiro a alho-porro, caramba!
E como até à lavagem dos cestos ainda é
considerado tempo de vindima, vamos lá a ver no é que isto vai dar. Oxalá que
sim. Se me perguntarem o quê, não sei!?
O
Tino de Rans é o maior! É detentor de uma preciosa
articulação vocal onde a velocidade das palavras e gafanhotos ultrapassam em
muito os relatadores de futebol – do meu tempo, claro – em que no fim se
tornava imperativo espremer o microfone para retirar-lhe o adubo, alimento
predilecto de incontáveis bactérias, condenando-as
ao óbito por falta de assistência – de vez em quando os “humanos” também
usam esse método; propositado ou por negligência, não me cabe averiguar.
Bem, o que é certo, é que no TINO,
perante a sua modesta humildade pode notar-se uma sublime sinceridade, que
poucos usam nos nossos dias – até porque a não têm; ele consegue, por palavras
simples mas bem compostas, entabular uma oratória que todos compreendem e lançar-se
sem papas na língua, na liça renhida em defesa dos seus ideais, e, como ele
próprio atesta, em defesa dos interesses daqueles que confiaram na sua ilustre
pessoa (?). É de garba valentia, porra!
A sua forma de expor as ideias é única e
inalienável. É por considerá-lo uma avis
rara – no bom sentido – que eu me
lembrei de urdir um “cesto” vago das vindimas, não cheio de uvas vinhateiras
mas de palavras de apreço, não repletos de vocábulos de chacota mas de
incentivo à sua luta na qual piamente acredita.
Estou ansioso por vê-lo em abrasivo
debate com Paulo Morais; acredito assistir a uma peleja encarniçada entre o que
poderemos considerar, por analogia, a bíblica luta entre David e Golias.
Viva
o
TINO DE RANS.
TINO
DE RANS ao poleiro.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 26/12/2015
www.antoniofsilva.blogspot.com
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