"ANÓNIMO"
“ANÓNIMO”*
A ofensiva
obscurantista é, de todas as formas de “ataque”, a mais ordinária e a que mais
mediocridade encerra. É reflexo de um cérebro doente cujas consequências são: a
extinção do carácter, a flacidez da coragem e o definhamento da força da razão.
Animal que
encima uma cabeçona em que o encéfalo funciona com estas características, pode
dizer-se que é verdadeiramente acéfalo, por isso de pessoalidade indefinida. No
interior da sua caveira não poderá existir, certamente, mais do que meia dúzia
de sementes de abóbora porqueira balançando no espaço fútil que a enche quando
o vertebrado estremece a sua osteoestrutura, com cagaço pusilânime de dar uma
opinião satisfatória e aberta, assumindo totalitária responsabilidade pelo que
ronca. É muito semelhante ao caracol; é desprezível, arrasta-se sobre a baba
asquerosa pela escuridão do anonimato e se sente que vai ser descoberto, enfia
a armação dentro da frágil casca que enganadoramente o protege e deixa de piar.
Que valor
poderá ter o “crítico” anónimo?... Esse piolho da púbis social, (para quem não
saiba, chato) apesar de não contribuir em nada para o bem-estar dos concidadãos
porque os seus argumentos serão desprezivelmente atirados para a nitreira da
nulidade, não se preocupa minimamente em aprender com os outros na sua penumbra
de fingido recato.
A frustração
deve ser a luminária que, de pavio apagado, lhe “alumia” o pântano da
obscuridade em que vive, povoado por alucinações maquiavélicas que lhe deformam
mais, a já de si deformada personalidade que o circunda.
O boato e o
falso testemunho são as armas de arremesso usadas por ele, decorrentes de um
coito cerebral interrompido pela sobreposição da inveja, doença que
invariavelmente infecta o anónimo e lhe confere a extrema cobardia que o
caracteriza. Não presta!... Não vale um pataco furado. Como dizia o meu avô, “é
dez reis de gente”.
O anónimo,
devido à pequenez da sua “inteligência”, apenas ladra sobre coisas atestadas de
grande futilidade mas com soez e paupérrima urdidura no palavreado, denotando que
não pensa antes de falar, contudo, ladra sem discernir; daí que é de toda a
conveniência para ele, conservar-se no obscuro com apreensão, e, acometido de
forte sentimento gaulês, encolhendo-se com pavor de que o céu lhe caia em cima.
É um burrical palerma!
A oportunidade
de cada ser evoluir partindo do seu código genético foi atribuída a todos; no
anónimo esta particularidade abortou pelo caminho, fazendo dele o ser mais
irascível e ao mesmo tempo pateta, do planeta.
O anónimo não
consegue descobrir qualquer centelha de segurança dentro dele próprio, sendo
essa a razão pela qual não consegue obter também um critério de relação com a
existência em que participa, ainda que transitoriamente, no espaço que medeia
entre o surgir e o finar.
Mesmo correndo
o risco de vos designarem de “filhos-da-mãe”, dêem sempre a cara, respeitem a vossa
dignidade se a tiverdes, e assumi a vossa posição quando a razão vos assistir e
da mesma maneira, reconhecei os vossos erros e retratai-vos. Não é humilhação e
vale a pena!... Porque, errar é humano, mas não reconhecer o erro é de
mentecapto.
Antes “filho-da-mãe” reconhecido, do que
anónimo palerma.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu
*A todos os Jorges Oliveira,
e a outros micróbios semelhantes,
que pululam no escuro do anonimato.
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