ABERRAÇÕES
Tão cegos são os homens, que
chegam
a vangloriar-se da sua própria
cegueira!"
ABERRAÇÕES
Não tenho nada
contra aquilo que outros possam fazer entre si. O que não poderei é estar a
favor de reivindicações baseadas em fundamentos doentios e contra todas as
linhas concedidas pela Natureza, onde existem parâmetros bem definidos. É de crer
que ela também cria aberrações; temos naturalmente que conviver com elas mas
não suportar os seus caprichos loucos, ou vergarmo-nos às suas descabidas e
doentias exigências.
Com os seus caracoizitos
loiros drapejando ao sabor do vento e uma rósea face enfeitada por uns lindos
olhos azuis, de feitio um pouco reservado…
- Minha linda
menina, como te chamas?
- Catarina –
responde calmamente.
- E o teu
papá?
- É Joaquim – diz meia cabisbaixa.
- E a tua mãezinha?...
Como se chama?
- É o Abel – responde de novo, mas um pouco
encabulada.
Ou ainda por
outro lado:
- Olá meu
lindo menino!... Quem é a tua mãe?
- A Celeste – responde, com um meigo e
inocente sorriso de criança.
- E o teu pai?
- É a Sofia – responde de novo mas um bocado
corado.
Por mais
paradoxal que possam parecer, situações como esta aqui reproduzida, de cariz
fictício, podem tornar-se numa pura realidade, se nós vamos dar crédito àqueles
que sem qualquer recato nem consciência do seu estado psicológico, espalham
alto e em bom som, a filosofia decorrente da sua anormalidade, exigindo ainda
coisas que saem fora do senso comum, para os nossos usos e costumes, e até
mesmo para a nossa compreensão.
Eu não consigo
compreender, como é que pessoas que se desviam da lógica natural, querem ser
considerados como seres de comportamento normal. Atendendo à sua constituição
física, é certo que são seres normais e devem ser respeitados como tal, desde
que se mantenham no seu mundo e não andem a fazer alarde vergonhoso dos
estigmas que têm e a fazer reivindicações cujo fundamento só poderá existir na
cabeça dos tolos ou dos mentecaptos e sem terem a noção do ridículo.
Jamais em dia
algum se viu um parafuso atarraxar num parafuso, ou duas porcas fazerem o
mesmo!? Todos os seres normais sabem que isto é de uma impossibilidade
absoluta; aquele que por força da sua endémica vontade o quer conseguir,
certamente que não regula mesmo bem da caixa-dos-parafusos.
No que
respeita ao ser Humano, a Natureza tem assegurado a sua continuidade Universal
através de parâmetros de normalidade com estreita obediência às leis da Criação;
se eles falharem como pensamentos anormais o desejariam, a nossa existência
seria varrida do planeta, a menos que com o avanço da ciência um filho pudesse
vir a ser defecado ou então que o hermafroditismo ou dois corpos animados pela
progesterona pudessem gerar alguma coisa.
Para mim, a
desfaçatez e a falta de vergonha, não têm poiso nos gravetos da minha
compreensão, por mais esforço que eu faça para tentar compreender aquilo que de
todo em todo considero incompreensível.
Puta que pariu
as manifestações sem nexo. Tenham vergonha na tabuleta. Não gostam daquilo que
digo?... Aguentem!... Que eu, aliás todos nós, somos obrigados a aturar a
intenção dos vossos desejos desaforados que querem fazer da nossa sociedade uma
sociedade promíscua e destituída de valores.
Era um menino
bastante descontraído, simpático e falador.
- Olá, meu
menino!? Qual é o teu nome?
- André.
Andrezito, como me chamam lá em casa.
- E o teu pai
como se chama?
- André, também. É meu amigo; até me
comprou uns patins e tudo.
- E a tua mãezinha?
- Chama-se Carolina – responde com os olhos grilados e uma expressão de
alegria estampada na sua inocente e meiga face de criança.
Agora vejam as
diferenças decorrentes entre a normalidade e a anormalidade doentia, se esta
última não ser auto-reconhecida, ou nós estúpida e benevolamente a
reconhecermos.
Não há pior
moléstia para um saco de batatas do que uma batata podre!...
António
Figueiredo e Silva
Coimbra
12/07/2005
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