terça-feira, 14 de maio de 2024

EUREKA! O QUÊ?!


 

A política é limpa; sujos são aqueles que

 a usam para benefício próprio.

(Dennis Moraes)

 

EUREKA! O QUÊ?!

 

“Nós precisávamos de um governo que governe. (…), que desse estabilidade ao povo português. Argumenta o Sr. Pedro Nuno Santos.

Isso é berdade! E eu num’abia lembrado! Tem rezão!?

“Criteriosos” ensinos do Sr. Pedro Nuno Santos.

 Este “brioso e distinto” cavalheiro, é o máximo! A ver pelas suas dissertações e convicção com que as dissemina, penso que, na sua idade de abrolhamento, deve ter sido catequista.

Nunca me ocorreu que na minha terra, (Concelho de Oliveira de Azeméis), em dia algum, viesse a desabrochar uma inteligência perolada e de tão raríssima quilatagem, que tão bem soubesse projectar a sua manifestação aguerrida, com tão afincada teimosia e tenacidade! Estas virtudes poluídas, caturrice e obstinação, claro, que devem ser decorrentes de uma crença que nelas se encontra profundamente enraizada, e orientam no sentido de salvaguardar a doutrina desses mesmos credos, e os interesses próprios de quem os perfilha.

Sim, porque os portugueses, são remetidos para segundo plano. Já tivemos tempo de ver e sentir.

Aqui há manha! Ai, há, há!?

No meu tempo de garoto, eu ficava assombrado como o palavreado de um vendedor de banha-da-cobra, que aos Sábados, exibia as suas alocuções no mercado Municipal de Oliveira de Azeméis. Era tão entendido na matéria propagandística, que até chamava à baila, o Instituto Butantan de São Paulo (Brasil), que nessa época eu até não sabia do que se tratava. O certo é que ele vendia bem essa pomada “milagrosa”, que curava tudo, – afirmava –, ao Zé, que o escutava de boca aberta, dentes plenos de sarro e cabeça vazia.

Bem, aqui, o nosso “cuidador” Pedro Nuno Santos, é muito melhor do que esse antiquado vendedor de banha-da-cobra. É mais requintado na catequização e astuto nos propósitos! Obviamente, que também eu, hoje alapado na cátedra dos meus oitenta invernos, certamente que agregarei mais alguma sapiência – julgo que não transacciono nada, mas que se lixe; pelo menos alívio o que de facto vem a muito a empanturrar a já flexibilidade do meu espírito!

É certo que o Sr. Pedro Nuno Santos, não mercadeja uma lata com um faneco daquela mixórdia milagrosa, mas reconheço, no entanto, que tem uma apurada e distinta “lata” para o fazer; contudo, direccionando a sua “mercancia” aos “compradores mais toscos”. “Contentores” com um producto diferente, que não tem nada a ver com o Instituto Butantan, mas talvez repletos de bidons de benefícios próprios, que ele mesmo poderá congregar.

Dentro destes, existem vários “productos”, mas a “mercadoria” dele é a “melhor” (?). Disso não nos restam dúvidas. Tivemos oito anos para o comprovar; por tanto, não nos podemos lamentar.

Quer parecer-me que não é mau rapaz!? Exageradamente vaidoso, com laivos de agressividade, convencido, e, embora alimentando uma notória veia caciquista, é senhor de uma linguagem corporal muito bem ensaiada e optimamente desenvolvida.

Uma verdade ele expõe: “precisamos de um governo que governe”.

 Ah, sim. Eu até concordo com o seu “sonho”.

Só que, uma regência não constituída pelos cânones da facção, pela qual dá o rosto, e é um fervoroso sectário. Porquanto, nas ocasiões que teve oportunidade de passar pelos estádios de administração, muito contribuiu para desarticulação económica e financeira, e para a dilatação da corrupção e bandalheira, neste reumático país… outrora independente e a agora subserviente.

Esta é a minha forma de ver.

Tenho dito, Sr. Pedro Nuno Santos.

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 14/05/2024

https://antoniofsilva.blogspot.com

 

Nota:

Não faço uso do AO90.

    

 

 

sábado, 4 de maio de 2024

O "SABASTIÃO"

 

Aqueles que sentem inveja são como

pássaros presos numa gaiola

sempre olhar para fora com cobiça,

mas incapazes de voar livremente

e desfrutar da vida.

(in “O Pensador”)

 

O “SABASTIÃO”

 


    Já observei que é um jovem “rapazinho”. Já notei que, pelos cobiçosos, é tido como “O INDESEJADO”. Também já reparei, que não houve a necessidade de uma manhã de nevoeiro para dar a cara, e, a sorrir, exibir a coragem que lhe foi naturalmente estampada.

Tenho notado também, que é um óptimo perito em dicção e possui uma aguçada e elegante capacidade defesa das suas asserções, sem altercações de feirante ou faltas de civismo.

Ouve com cuidado as questões ou perspectivas que lhe são apresentadas sem interromper o raciocínio ou cortar a palavra do seu interlocutor.

É novato? É, eu sei.

Também não desconheço que já sou velho; mas tenho um longo e árduo percurso de vida, que muito contribuiu para aguçar a minha faculdade observativa, - dava um filme de longa metragem -, que me faculta muito a apreciação do “Sabastião”.

Poderia até, ser avô deste “miúdo”!?

Mas, por razões diversas, admiro este “rapaz”. Porque não titubia, não gagueja, é rasgado na sua dicção e acérrimo defensor dos seus conceitos. Apesar de ser uma “criança”, há-os, “adultos”, - só na idade -, nos nossos organismos públicos e sistema governativo, que não lhe chegam aos calcâneos.

Muito gostaria eu que isto não fosse verdade, mas essa realidade só existe nos sonhos que navegam na incerteza da esperança.

Nunca vi tanta chuvada de inveja a assediar a figura do “Sabastião”!

Aos cobiçosos, o sucesso dos outros é incomodativo; provoca-lhes comichão no seu reconhecido fracasso e junta uns respingos de azedume ao seu palavreado, já em si, repleto de pobreza de espírito.

Nunca esqueçam que, quando a genética “traça” um burro, ele será jumento toda a vida e jamais passará disso. Isto porque, por muito que se lapide um calhau, ele nunca ficará diamante – a não ser, na cabeça dos palermas.

Não me parece ser o caso do “Sabastião”. Apesar de “novato”, vejo nele um exemplo para alguns, (muitos), jornaleiros, noticiaristas, comentadeiros, pseudo-gasetistas e galhofeiros; talentosos, sim, em colocar em dúbia causa, não só perspicácia e o saber do “rapazinho”, bem assim, como a grandeza lexical, a autenticidade e a pureza do nosso idioma; pela quantidade de bujardas que disparam para milhões de ouvidores.

Isto é verdade.

Porra, deixem lá o “rapazinho” em paz! Porque o seu entendimento e perspetiva analítica, em relação à sua idade, são prodígios salutares que a Natureza lhe atribuiu e a cobiça não pode estancar.

Aguentem!

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 04/05/2024

 

https://antoniofsilva.blogspot.com

     

Obs:

Não uso o AO90.