O "SABASTIÃO"
Aqueles
que sentem inveja são como
pássaros
presos numa gaiola
sempre
olhar para fora com cobiça,
mas
incapazes de voar livremente
e
desfrutar da vida.
(in “O
Pensador”)
O
“SABASTIÃO”
Já observei que é um jovem “rapazinho”. Já notei que, pelos cobiçosos, é tido como “O INDESEJADO”. Também já reparei, que não houve a necessidade de uma manhã de nevoeiro para dar a cara, e, a sorrir, exibir a coragem que lhe foi naturalmente estampada.
Tenho notado também, que
é um óptimo perito em dicção e possui uma aguçada e elegante capacidade defesa
das suas asserções, sem altercações de feirante ou faltas de civismo.
Ouve com cuidado as questões
ou perspectivas que lhe são apresentadas sem interromper o raciocínio ou cortar
a palavra do seu interlocutor.
É novato? É, eu sei.
Também não desconheço
que já sou velho; mas tenho um longo e árduo percurso de vida, que muito contribuiu
para aguçar a minha faculdade observativa, - dava um filme de longa metragem -,
que me faculta muito a apreciação do “Sabastião”.
Poderia até, ser avô
deste “miúdo”!?
Mas, por razões
diversas, admiro este “rapaz”. Porque não titubia, não gagueja, é rasgado na
sua dicção e acérrimo defensor dos seus conceitos. Apesar de ser uma “criança”,
há-os, “adultos”, - só na idade -, nos nossos organismos públicos e sistema
governativo, que não lhe chegam aos calcâneos.
Muito gostaria eu que
isto não fosse verdade, mas essa realidade só existe nos sonhos que navegam na
incerteza da esperança.
Nunca vi tanta chuvada
de inveja a assediar a figura do “Sabastião”!
Aos cobiçosos, o sucesso
dos outros é incomodativo; provoca-lhes comichão no seu reconhecido fracasso e
junta uns respingos de azedume ao seu palavreado, já em si, repleto de pobreza
de espírito.
Nunca esqueçam que,
quando a genética “traça” um burro, ele será jumento toda a vida e jamais passará
disso. Isto porque, por muito que se lapide um calhau, ele nunca ficará
diamante – a não ser, na cabeça dos palermas.
Não me parece ser o caso
do “Sabastião”. Apesar de “novato”, vejo nele um
exemplo para alguns, (muitos), jornaleiros, noticiaristas, comentadeiros,
pseudo-gasetistas e galhofeiros; talentosos, sim, em colocar em dúbia
causa, não só perspicácia e o saber do “rapazinho”, bem assim, como a grandeza lexical,
a autenticidade e a pureza do nosso idioma; pela quantidade de bujardas
que disparam para milhões de ouvidores.
Isto é verdade.
Porra, deixem lá o
“rapazinho” em paz! Porque o seu entendimento e perspetiva analítica, em
relação à sua idade, são prodígios salutares que a Natureza lhe atribuiu e a
cobiça não pode estancar.
Aguentem!
António Figueiredo e
Silva
Coimbra, 04/05/2024
https://antoniofsilva.blogspot.com
Obs:
Não uso o AO90.
Estou de acordo com o seu comentário, tenho muito respeito pelos jovens que serão o futuro …,
ResponderEliminarAdorei este magnífico texto sobre Sebastião e adoro o Sebastião
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