OS IMPOSTOS/(POUP)PANÇA
Caros leitores.
A revolta que me abala é tão
grande, que não consigo
ortografar os meus entendimentos
sem recorrer a
vernaculismos inconvenientes para
consumo linguístico;
porém, independentemente dos gostos de cada um,
eles constituem o tempero acre da minha opinião.
OS
IMPOSTOS/(POU)PANÇA
Decorrentes
de arranjos mal enjorcados, sazonados no interior de abóboras porqueiras que
espontaneamente nasceram sobre montes de estrume pseudo-intelectualizado e que
o sol da insensatez impiedosamente amarelece, as justificações para as
consecutivas subidas de impostos, não param de germinar. É imperativo por isso,
que os tempos verbais do Presente do Indicativo do Verbo Poupar têm
forçosamente que ser adaptados à realidade dos nossos dias tristes da injustiça
por inexistência do sol da razão.
Assim:
Eu
poupo (ainda penso que tenho cabeça para isso).
Tu
poupas (se não o fazes, a tal serás coagido).
Ele
não poupa (ou é desmiolado ou tem poleiro alto).
Nós
poupamos (se outra via não houver, que remédio temos)!?
Eles
não poupam (estão-se cagando porque vivem à nossa custa e
ninguém lhes pede contas).
Bem, perante todos os agravamentos
impositivos que se têm vindo a verificar, eu, pela minha parte, depois de muito
cismar, - realidade a que ninguém corta as asas – faço questão apresentar uma
sugestão que penso poder resolver a dificuldade em controlar o aforro forçado
aos lacaios dos nossos governantes, para pagamento das agravações de que eles
se servem para delapidar.
Podiam
instalar um contador de merda, para quantificar a pesagem do que cada família
caga, e, por comparança, saber a quantidade que agregado come, chegando por fim
a uma análise concreta sobre a poupança geral, porque “quem não come não caga”. Ora, sendo este acto fisiológico uma
demonstração correcta do nosso aforro obrigatório
no
que trata à manutenção física pela sobrevivência, vai dar certo, até atingir o
limiar sombrio mas não longínquo de, “quem
não caga não come”.
Quando o Ser Supremo criou o Universo, a
fertilidade da mente humana, ainda embrionária, criou, e com uma certa lógica,
a metáfora de que, “o sol quando nasce é
para todos”; actualmente, pelo menos em Portugal, esse privilégio já não
vai estar ao alcance de todos.
Ao
que nós chegámos!!!
Por este andar, qualquer dia, quem
tencionar expôr os tomates aos infravermelhos naturais, ainda que em casa, vai
ter de pagar uma taxa pela torra; o que significa que, meus caros concidadãos, “o sol quando nasce já não é para todos”, pelo
menos no nosso país.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 02/07/2016
Ou:
www.antoniofigueiredo.pt.vu
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