"COMENTÁRIOS"
A estupidez é infinitamente mais
fascinante do que a inteligência.
A inteligência tem os seus limites, a
estupidez não.
(Claude Chabrol)
“COMENTÁRIOS”
(Concisa, curta e grossa)
Alguns, realmente merecem ser lidos, dissecados e até assimilados, como exemplos de mestria, pelos ensinamentos de civismo que deles fluem para a clivagem do nosso comportamento, enquanto membros de uma comunidade; outros, precisam de ser preteridos, pela sua rudeza e brejeirice ou pela puerilidade neles estampada; uns, configuram lições de aprendizagem, que devem ser aproveitadas; outros não passam de gemidos de infelicidade doentia, carentes de bajulação, que, mesmo que seja simulada, serve de “palha” para encher o ego vazio de alguns “comentadores”, que, por serem ridículos, não deixam nada a desejar. Aborrecem, entediam e irritam.
Sim,
é isso mesmo. Estou a discorrer sobre alguns comentários, consequentes de
respostas e observações postados no Facebook, por alguns garimpeiros de
palavreado e apreciações “utilitárias”, por não auto-reconhecerem a sua patética
falta de decoro na formação que os embala.
Muitas
pessoas sentem-se confortáveis quando são lisonjeadas por uma plateia “amigos
virtuais”, que, mesmo cheirando a sua debilidade, se aprontam a dizer, “tu és o
maior! És o melhor! És um herói!” E elas ficam exultantes ao receberem tais
elogios, e, com intensificada grandiosidade e crédito, contemplam esses
enaltecimentos como um brilharete, uma dádiva dos deuses. Não são hábeis para enxergar
que, aos seus galanteadores, que a dissimulação lidera, o que lhe apetecia
dizer seria o discordante; “tu és um insignificante! És o pior! És um cagarola!
Não passas de uma estrumeira”!
A
carência de espírito, na realidade não tem fronteiras! É essa pobreza
espiritual a nascente de onde jorram os mais caricatos, impróprios e infelizes
comentários, em forma de lamentos ou picardias, que por maioria de razão é
preferível deixá-los passar ao lado. Acredito que a intenção desses “comentaristas
feirantes”, seja a de tentar a trasfega das suas perturbações maleitosas com o
propósito de arrastarem os outros para seu decaído nível.
Diariamente
observo bátegas deles e fico pasmado de, no século XXI, ainda proliferar tanta
burrice, tanta falta de educação, tanta idiotice, tanta inveja, tanto
descaramento e tanta debilidade espiritual. Lançam a público todos os
sentimentos que em determinado momento lhes povoam a alma, sem olharem ao
recheio que os caracteriza, revelando sem saberem, o cerne da sua intimidade
própria. Isto é, da sua personalidade e do seu carácter; exibindo assim, as
qualidades de um e a fraqueza ou robustez de outro.
Por
isso digo: abençoados aqueles que têm coragem e franqueza para galardoar a
insolência, a ironia, a ingratidão e a cobiça dos insatisfeitos; esta atitude é
uma demonstração clara de que não são infelizes ou pobres de espírito como
eles.
Esta
é a minha apreciação; concisa, curta e grossa.
Deste
cálice, só bebe quem quer.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
25/06/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço por não usar o AO90
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