A BANHA-DA-COBRA
A
BANHA-DE-COBRA
(Das
presidenciais em Portugal)

Esta caros leitores, apesar de não ser o
produto acima referido, consubstancia perfeitamente o seu objectivo; sermos
enganados.
Actualmente, não todas, mas uma grande maioria
das pessoas, possui os saberes mínimos, para separar o restolho do grão, tendo
em vista a avaliação das componentes morais e cívicas de um candidato a
qualquer função, neste caso, à de Presidente da República.
Ora, a avaliar o que se tem passado na “campanha”
para as presidenciais, a meu ver, é tudo, menos uma lição moralista ou de
civismo, para os que assistem à contenda, em que os gladiadores se têm
apresentado munidos não de armas brancas – são proibidas – porém de armas negras,
onde o sangue jorra sobre os golpes calúnia, do desprestígio e do amesquinhamento
mútuo, cuja grandeza mais não consiste do que um indecoroso contributo para
atingir o almejado patamar da vitória.
Têm esfuracado o universo curricular uns
dos outros, esmiuçando tudo até à mais ínfima e por vezes ridícula singularidade,
intumescendo e transvertendo pequenos detalhes, por vezes irrisórios, em
verdadeiras verrugas iconoclastas; fazem montagens sonorizadas e desenhos
engraçados, porém tendenciosos, sempre com um sentido de puxar a brasa para sua
sardinha.
Nos debates, consomem mais tempo com
mexeriquices – que eu considero de baixo calibre – do que a apresentar a autêntica
missão inerente a um verdadeiro Presidente da República, que no final de contas
tem uma missão bastante condicionada; não é a ele que compete governar.
Este tem no seu papel fundamental -
nunca é de mais repetir – outorgado pela CRP (Constituição da República
Portuguesa), a representação do povo, perante o Governo e perante o Mundo; esta
última de primordial importância atendendo à realidade de hoje, uma vez que a globalização
requer uma figura amplamente conhecida, de benévola sensatez, ponderada nas
tomadas de posição quando se lhe depararem e com poder de afirmação na nossa
comunidade e no mundo.
Bem sabemos que todos estes créditos,
por certo não são atribuídos a todos os “atletas” que entram nesta almejada
corrida a Belém.
Perante isto o que aqui apresento e na
minha mais modesta opinião, quem mais
aponta o dedo, menos se presta para o acto a que se propõe: SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA.
Este é o meu espontâneo contributo a oferecer
aos portugueses, para que façam uso dele e não se iludam com A BANHA-DA-COBRA.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 14/01/2016
*www.antoniofsilva.blogsopt.com
Este Instituto é
um centro de pesquisa biomédica,
localizado no bairro do Butantã, cidade de São Paulo,
no Brasil.
Antigamente era muito nomeado pelos propagandistas
ambulantes, para venderem uma latinha redonda que
continha uma graxa amarelada para todas as dores e
que afirmavam ser banha de cobra.
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