A MATILHA
A democracia muitas vezes significa o poder
nas mãos de uma maioria incompetente.
(George Bernard Shaw)
A MATILHA
(é isso mesmo)
Isto está
mesmo entregue à bicharada. Estamos a ser mutilados por uma matilha sem
vergonha, aonde se podem manifestamente constatar personalidades com sólida desfaçatez
e profundo desprezo pelas massas que se propuseram (des) governar.
“Quem,
obviamente, se mostre indignado que diga publicamente”. Comentário do
ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, em asserção à escolha de Franquelim
Alves, antigo administrador do SLN/BPN, para secretário de Estado.
Não compreendo
como antigo administrador do BPN, cujas qualidades organizativas são
susceptíveis de serem questionáveis e postas em causa, por não ter conseguido
suster a derrocada ruinosa daquela instituição bancária, foi agora laureado com
o tacho de Secretário de Estado!?
Pode até ser,
como afirma o primeiro-ministro, uma pessoa prudente e capaz, para o novo cargo
que vai despenhar, contudo, à vista dos portugueses, o grau da sua
incompetência é evidenciada pelo passado que, com culpa ou sem ela, facultou ou
deixou que a coisa por ele administrada caísse na desgraça cujas consequências
foram pagas compulsivamente (aqui não há dúvidas) pelo povo português.
Assim sendo,
não acho – e penso que também uma grande talhada de portugueses – de boa
política a sua escolha para fazer parte do já desmesurado enchimento do centro
nevrálgico da nossa governação, que é o hemiciclo parlamentar.
Depois do
“heróico motim” de Abril, com o aceno à democracia como divisa, ainda não vi
passar por aquele espaço governativo ninguém que não fosse tido como
competente, honesto, de palavra, não corrupto, etc. Enfim, aureolado com as
mais nobres qualidades que se pode ambicionar de uma passo-a; no entanto, se
isso se tivesse concretizado na realidade da certeza, certamente que não
teríamos chegado ao patamar de maltrapilhos sem abrigo, a dormir ao relento da
pedinchice sobre um colchão das “esmolas” causticantes mendigadas à Europa, que
com a sua “puritana boa-vontade” pouco sensata no-las vai abonando, sem contudo
levantar as mãos do nosso cachaço.
Neste
argumento, não vejo por onde têm andado as virtudes que todos aqueles que se
têm enaltecido com polida falsura entre si, tendo chegado deste modo à triste
conclusão, de que toda a retórica esperrinhada até hoje, tem sido e continua a
ser, um colossal fracasso.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu
Gostei muito desta cronica.Depois vou ler as outras.Aderi a este"site" com a conta do Filip
ResponderEliminarAbraços,
Geni R.M.Dueck