OS "CABEÇUDOS" (II)
Não,
quando isto acontece, não é porque pense renunciar à contenda ou porque haja “morrido”.
Ainda estou vivinho da silva e sempre com a cabeça a fervilhar e ansioso por
dar mais umas traulitadas.
O
que acontece, é que de vez em quando a disposição para isso depaupera, porque a
merdice é tanta, que muitas vezes nem sei qual o lado dos miolos que devo
utilizar, para rechaçar toda a porcaria que pela frente se me depara.
Por
via dessa imundice, perco-me nos caminhos confusos que estabelecem a ligação
entre a verdade e a mentira. Fico cismático e desnorteado com a vergonhosa
desordem que alastra na lisura da informação de factos, sejam eles de ordem
política, religiosa ou pandémica; até nas coisas que acontecem no dia-a-dia,
existe um condimento de mordacidade.
É
vasta a conspurcação e barafunda de alto a baixo, que podem colocar em causa o
meu raciocínio, tornando-se necessário, dar um pouco de repouso de à mioleira. Porque, como da mentira se pode fazer uma
verdade, da exactidão também se pode construir uma mentira paralela, tida com
alguma fiabilidade. Isto é enganar descaradamente. Mas é. “Atão num” é?!
Nesta
“Aldeia” Lusitana, integrada na já bastante poluída superfície global, que os
mantos da melancolia e “fumarada” cobrem, o ambiente está a tornar-se caótico,
intragável e insuportável, devido à síndrome da doutorice
que remove a massa encefálica e atafulha determinadas cabeças com palha,
resultando daí o que eu chamo, com a indispensável cerimónia, de,,, OS “CABEÇUDOS” –
mas matreiros,
Não
encontrei no meu miserável léxico, outra designação que não esta, para muitas
figuras cujo suporte cabeçal, apenas serve para suportar estruturas de
queratina. “CA-BE-ÇU-DOS”! Este polissílabo bem adornado, que, ao fim e ao
cabo, não serve para nada, é apenas um apadrinhamento meu, como merecido
galanteio à proliferação destas rêses, que, se não nos pusermos a pau, até nos
comem vivos.
Eles
é que têm vindo a propagar a instabilidade nas comunidades, com recurso a
farsas, esgrimidas com acesas retóricas, a que os filósofos de baeta, por proveitos
implícitos, ou por falta de extensão “visual”, (já não quero dizer, por genuína
burrice), dizem ser populismo. Mas qual populismo, qual carapuça?! O que buscam
esses CABEÇUDOS é um meio que lhes faculte uma alcândora onde possam cantar de
galo com uma imunidade absoluta a proteger-lhes a crista, que lhes adorna um
espaço ôco com a sapiência falida, mas onde não é escassa a esperteza aguçada.
Foram
e são esses CABEÇUDOS que têm vindo a dar cabo disto, e continuam a propagar o
derretimento da estabilidade social por todo o nosso território.
São
presidentes, ministros, deputados, assessores, chefes de gabinete, juízes,
advogados, regedores, “régulos”, “sobas” e quejandos; até chegar a vez do ZÉ,
que mesmo com a assolapada tacanhice de um verdadeiro “CABEÇUDO”, também não deixa
passar o seu papel existencial em branco sem se fazer a um poleireco,
que, pelo menos lhe dê uma enganadora condição social, na maliciosa comunidade
onde vegeta.
Os
CABEÇUDOS, começam por desconhecidos e vão-se metamorfoseado em exímios vendedores
de ilusões - aos lôrpas - para passarem à notoriedade. A partir daí,
auto-adquirem poder, (aquele poder que todos conhecemos de ginjeira,) para
fazerem as merdas que lhes apetece, sem que ninguém os possa agarrar pelos
colarinhos e espetar-lhes dois ou três “murros” nas trombas e metê-los na
linha.
Naqueles
alfobres alcandorados à custa de sofístico paleio, encontram-se “asilados” e
tratados com deferência, alguns órgãos de comunicação e seguidores partidários das
mais diversas crenças e convicções.
Perante
isto, para que eu possa expor com liberdade e absoluta lisura o que fumega na ideia,
terei de ser plenamente livre; “milagre” que não tem acontecido, nem vislumbro
o advento dessa realidade. Por isso, se abrir muito a “matraca” para difundir as
minhas perturbações, serei imediatamente “condenado” pel’OS CABEÇUDOS”, e/ou
seus “fiéis” acólitos, vacinados, não contra o COVID-19, mas contra a
congruência da razão. Para eles, sob a uma sensatez sem voz, limitada por duras
palas laterais feitas em couro, cerume acumulado nas manilhas auditivas, que
apenas lhes permitem comtemplar a debilidade interna lhes vai alimentando o
fôlego e a ganância.
Repare-se só, na actual corrida ao poder.
Os
malabarismos de verborreia que têm sido exibidos nas entrevistas, quer pelos
entrevistadores, (quase todos à sombra de uma côr), quer pelos entrevistados,
que não defendem como é notório, os interesses de um povo, porém, os
cromatismos ideológicos a que estão aglutinados, e, infalivelmente, os seus
interesses pessoais.
Estou
empanzinado d’OS ”CABEÇUDOS”.
Nesses palermas, as principais virtudes
abortaram à nascença, quando deviam ter sido eles/as a serem abortados/as - são
todos a mesma jorda. Parece que foram feitos a granel.
A
eles, falta-lhes a diplomacia, o conhecimento da vida, a ponderação, o poder
catalisador, o respeito pelo semelhante, o saber unir. Tudo isto, despretensiosamente.
É
pela falta destas condicionantes, e ainda outros atributos que constituem a
decência, que nós estamos a assistir a uma temerária anarquia que está a
condicionar o que devia ser uma democracia, tida como um estado de direito. O
que tem ocupado esse lugar é a FALÁCIA.
Malditos
CABEÇUDOS! Só olham p´ra eles! A sua excrescência umbilical é o seu reino.
Enquanto extasiados a observam, a noção dos valores desarvora. É por isso que
isto tem andado na balbúrdia” que nos é dado observar.
Estou
farto deles! OS “CA-BE-ÇU-DOS”.
Bem…
é preferível eu meter a viola no alforje, e zarpar para outra “regedoria”.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
07/01/2024
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Obs:
Faço por não usar o AO90
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