ÉTICA E DEONTOLOGIA
A
consciência é o melhor livro de moral,
e o que menos se consulta.
ÉTICA
E DEONTOLOGIA
(“Palha
sêca”)
Então,
cá vou eu presentear aqueles, cuja assimetria mental fez deles escórias solene
e legalmente “certificadas”, que vão gravitando entrosadas, conquanto que “embuçadas”,
no meio social, onde por deferência indevida, lhes é prestada vassalagem
insonsa, sem merecimento algum, que na sua pobreza de espírito os faz inchar o
peito de empáfia apodrecida e interiorizar uma relevância que sabem não
possuir. São os cábulas, os incompetentes, os “iletrados”, os convencidos e
todos os falsos juradores, apostados na defesa da honra e do prestígio, no restabelecimento
do corpo e do espírito, que, de um modo ou de outro, pouco ou nada fazem para a
protecção desses mesmos valores. Pertencem à cambada tida como concernente à
“fina flor” (murcha) social, e catalogados em cáusticos, porém reservados murmúrios,
como sendo as “pérolas” artificiais do nosso tempo.
Ora
bem.
À aliança concebida sob o halo luminoso da
razão, da lógica e da moral (Ética), chama-se Deontologia. Não
mais representa do que o saber cumprir uma missão para a qual nos propomos ou
dela fomos incumbidos, com competência, dedicação e humanismo, tendo sempre em
mente, o bem-estar do ser humano, como humano, em toda a sua
pluralidade, e não como animal irracional ou como desprezível farrapo. Não,
não é ficção; é do conhecimento geral, que isto acontece.
Até
parece simples!… mas se calhar, não é!? E não é, porque espalhados por este
mundo fora, lamentavelmente existem marmanjos, crápulas e filhos-da-mãe, que
para satisfação dos seus desejos pessoais, sacodem sem contemplação alguma, os cânones
dimanados desta filosofia tão actual, que é a Deontologia. Utilizam-na preferencialmente
para se protegerem entre si (grupo), escondendo deliberada e hipocritamente os
defeitos existentes nos seus congéneres de profissão, não comentando, nem
aceitando, ou simplesmente encolhendo os ombros, quando surgem comentários de
quem quer que seja, sempre que estes desfraldem o estandarte de uma erudição
esfiapada e rafeira da incompetência, da prepotência ou da inabilidade. Logo,
todos têm de ser bons em tudo. É errado. Contudo, foi nesse engano -
propositado - que se tornou mais comum o recurso da Deontologia, como a
forma mais pretensiosa e nociva, porém enganadora, de manter determinadas camadas
pertencentes à “távola da doutorice”, como elementos de pureza e de saber
inquestionáveis, mesmo que essas virtudes neles não hajam frutificado.
Não
será por certo mentira, que, “burros”, “camelos” e incapacitados, existem em
todas as camadas sociais; não obstante os seus confirmados absurdos, serão
sempre considerados como inteligentes, capazes e judiciosos, perante os da sua classe,
consoante o grupo de que fazem parte. É o mau uso da Deontologia. transformou-se
numa “norma” anormal, normalizada; conquanto que, as coisas não funcionem bem dessa
forma.
Ora
isto, não tem nada a ver com os propósitos deontológicos, mas com
parvoíces defeituosamente aplicadas, para proteger interesses comuns, no
sentido de garantir uma paridade que não existe, no profissionalismo entre
colegas da mesma esfera "intelectualizada", por uma questão de dissimulada subtileza e
egocentrismo, e não porque isso configure uma realidade.
Se
bem que a Deontologia seja um ramo filosófico da Ética, espontânea
ou propositadamente, há quem confunda uma com a outra ~ é de notar que não
possuem significações equipolentes.
É
que existe uma distinção entre Ética e Deontologia. Enquanto que
a primeira é do domínio filosófico, a segunda, se bem que, provinda dessa
doutrina, já se referencia a um tratado, um convénio, um compromisso. Assim,
uma obrigação. E mais do que isso, um dever.
O
objectivo da Ética é a capacidade para ajuizar e saber diferenciar o que
é benigno do que é prejudicial, por forma a manter uma conduta perfeita perante
a sociedade e o mundo.
A
Deontologia, já observa uma seriação de obrigações e princípios
normativos, consignados, ajustados e aceites, por uma agremiação profissional
distinta.
Uma
coisa não é a outra. A Deontologia não deve servir de manta para
agasalhar defeitos; contudo, para gerar virtudes. Quando não é entendida como
tal, o “ser humano” imbecilizado, que se considera “superior”, tende por tratar
o seu congénere, que observa como inferior, “abaixo de cão” – como é usual
dizer-se.
Fiz-me
compreender? Penso que sim.
Este
é o meu “modesto e humilde” contributo, para chamar à atenção de que só através
do uso indissociável da ponderação e da sensatez na utilização dos princípios Ético-deontológicos,
pode resultar uma sublimada satisfação no seio da comunidade em que todos
vivemos. Mas não deixo de não realçar que estes predicados são características,
exclusivamente, de mioleiras inteligentes.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
20/05/2022
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço por não
usar o AO90
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