CONCLUSÕES
A dificuldade de uma selecção, não está no
ouvir,
mas nas verdades ou mentiras que se
escondem por detrás dessa audição.
(António F. Silva)
CONCLUSÕES
Todavia,
e antes de principiar a derrama, devo dizer que não estou contaminado por
qualquer género de fanatismo partidário. Isto faculta-me ver as coisas com mais
clareza e à margem de quaisquer lavagens cerebrais, habitualmente exercitadas
na política em tempo de “regadio”.
Então,
vou começar:
CHEGA
Não chega a lado algum, nesta tão
bonita e nobre cidade. Quer dizer que não terá lugar à manjedoura do poder,
tendo por isso de ir “pastar” para outro lado; sobrando para o efeito, o Parque
do Urso, o Choupal ou as margens verdes do Mondego.
CDU
Anuncia que existem 8.000 (oito mil) casas
vazias em Coimbra. Certamente, quer com isto dizer (penso) que se abichar
ao poleiro, provavelmente estará na mira proceder a uma reforma, não agrária,
mas habitacional. Mas essas casas, velhas ou desleixadas, são espaços que devem
ter dono; alguém suou para as construir e são tuteladas por lei – pelo menos
até agora!?
Penso
que os Conimbricenses não se vão deixar adormecer “à sombra de uma azinheira”.
PSD
Se
fizer tanto como fez no pretérito mandato, não fará nada. Mas, não ponho em
causa o saber do presente candidato, que, pela sua suposta sabedoria em
medicina, pode de facto, vir a fazer um “diagnóstico” (como disse), à cidade, e
limpar algumas mazelas e dar “uma visão transparente à urbe” – pelo menos asseverou.
Argumentou
que foram as pessoas de Coimbra que pediram “o seu auxílio” – que me recorde, eu
não pedi nada.
MPI
e
PDR
Não
sei o que representam as siglas, nem me irei dar a esse trabalho, porquanto
cheira-me a musicalidade muito complicada, e já não tenho cachola para tal.
A
candidata, não obstante, a sua pobreza de palavrório, teve um lampejo genial ao
utilizar a emissão televisiva, não para discutir sobre Coimbra, mas para irradiar
aos portugueses (só aos palonços, claro), o requinte da sua vaidade pessoal,
que me parece posicionar-se na razão inversa da sua erudição, ao declarar que
era detentora de um “canudo” de jornalismo (não parece), e que andava a tirar
uma formatura de jurista. Pode não ser, mas a mim, parece-me ridículo.
Que
a sorte acompanhe a “futura jornalístico-causídica”, porque não auguro a sua
apoteótica entrada no município a que se propõe – coisas de “bruxo”.
PAN
Quer
parecer-me que não atravessará por cima da ponte de Santa Clara para uma
entrada glorificante na cidade.
Promete
fazer “ecobairros”, que não imagino o que seja, e como aprecia muito os
animais, às tantas, procederá à implementação de associações caninas, muares,
asininas, bovinas, etc. para protecção da irmandade e das suas famílias.
No
entanto, quero frisar, que os elementos que professam esta doutrina, na sua
grande maioria – para não dizer, todos – não são vegetarianos; gostam de um bom
bifinho de vitela, uma lasquinha de leitão, não dispensam um cabritinho ou
cordeirinho assados, etc. e rebéubéu pirolitos. Paleio. Só não devem apreciar
cão estufado, por nunca terem habitado na China. E mais não digo.
INICIATIVA
LIBERAL
Aqui
já foi pronunciado algo, que tem justa razão de ser; promete proceder à
desburocratização do sistema orgânico municipal - que não deixa de não ser uma
putrefacta realidade. No entanto, observo só fantasias! Coisas de novatos. Porque
quando um silvado está bem enraizado, dificilmente será extinto. E o candidato
não vê.
PS
Já
lobrigo qualquer coisa de “bom”. Não, não é o Aeroporto
Internacional. É porque o candidato assume-se como um
homem lutador, e, mesmo antes de terminar a pelejas, considera-as como “batalhas
vencidas” – disse. O mesmo que, herói por antecipação.
Bem,
só conheço os vitoriosos no fim das guerras. Mas, nunca se sabe!? Às vezes o
Diabo troca as voltas.
Quanto
aos transportes públicos, foi o autarca que melhor apetrechou a cidade nesse
sector, com a implementação de trotinetes espalhadas por todos os cantos e
esquinas, que podem transportar entre um a quatro cidadãos - já vi – pelo preço
de um único “bilhete”. Além disso, podem aqueles empecilhos ficar
“estacionados” transversalmente nos passeios, passadeiras e outros locais
destinados a transeuntes; crianças, velhos, novos, cegos ou amblíopes, que, se
tropeçarem naqueles trambolhos, a responsabilidade fica por conta dos
aleijados.
É
mau, é!?
CPC
O
candidato, que bem conheço, tenho-o como um homem íntegro, sensato, ponderado e
conhecedor dos meandros que compõem a organização autárquica desta cidade.
Porém,
a Natureza impede-me a invasão ao seu pensamento, retirando-me assim, a
possibilidade de autenticar a fidelidade das suas intenções.
Por
todos estes argumentos, que venha o Diabo e escolha, porque sabe mais do que
eu.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
14/09/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
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