SANT'ANA PROREJA SANTANA
Quando o poder embriaga,
a ressaca do fracasso é inevitável.
(Juahrez Alves)
QUE SANT’ANA PRETEJA O SANTANA
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Único. Ou ele, ou mais nenhum. |
Esta figura, de “atafulhada” cabeleira empastelada de brilhantina, sem embargo, é um alfacinha digno de honrosa referência. Nas pelejas campais que há batalhado, tem feito das tripas coração por duas razões, a saber: “pugnar pela a estabilidade dos portugueses” e defender a todo o custo os seus ambicionados tachos, - uma já razoável colecção. Apesar de algumas vezes lhe terem saído sem fundo ou saltar-lhes a tampa. Mas, “quem não arrisca, não petisca” – reza o provérbio – e ele é mestre em arriscar.
Advoga,
com fina perfeição e certificada esperteza, os interesses que lhe vagueiam no
espírito, através de polida argumentação de coisas e loisas, que vão ao
encontro de um futuro fantástico, que o “Zé”
tanto gosta de escutar, (alguns). A essa
retórica expressiva, fulgurante e bem direccionada, eu titulo de “vantagem
do dom da palavra para o efeito desejado” – há quem lhe
chame de populismo, mas entendo não ser esse o vocábulo adequado para uma
pessoa tão liró e devotada ao “domjuanismo” e à arte da política.
“Se
bem me lembro”, como dizia Vitorino Nemésio nas suas
famosas e instrutivas intervenções, de entre os vários “tachos” com que se
abotoou Pedro Miguel Santana Lopes,
sobressai o de haver sido Primeiro-ministro do XVI Governo
Constitucional de Portugal, no período 2004/2005; cujo tacho, por
razões a mim alheias, (nem me interessa), deixou a caldeirada avinagrar e desconjuntou-se.
Na altura, até senti alguma comiseração, maleita que, com o passar do tempo se foi
diluindo – como tudo na vinda.
Agora,
com base no adágio, “quando há gana, não há ruim pão”, ponho-me
a pensar (faculdade que ninguém me pode extorquir), e não consigo refrear a
minha apreensão por ele apostar em candidatar-se a um cargo de presidente de
autarquia, que em nada se compara com o de Primeiro-ministro (já vejo que qualquer
coisa serve).
Além
disso, de uma autarquia que anteriormente presidiu, onde a dívida na altura da
sua tomada de posse, era de pouco mais de € 9 milhões, e, quando Santana
Lopes saiu, em fins de 2001, (para alinhar na corrida à
Câmara Municipal de Lisboa), deixou a obrigação inchada em mais de € 41 milhões.
Tumefacção tida em três anos de mandato (pelo menos é o que reza nos escritos
sobre o seu trajecto através da política).
É
obra, caraças!
Uhmmm!
Cá p´ra mim, há mistério.
Será
que vai lá das canetas?!
Sant’Ana
o ajude, porque é um tipo porreiro, e que muito admiro pela sua obsessiva e
descontraída intrepidez.
É
verdade que “Zé” também tem andado
e zarolho e com a sanidade mental em falência técnica.
Acuda-lhe
também Sant’Ana.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
27/08/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço
por não usar o AO90.
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