JUSTIÇA/INJUSTIÇA
“A justiça sem força, é impotente;
a força sem justiça é tirana.”
(Blaise Pascal)
JUSTIÇA/INJUSTIÇA
Falo
desta forma, porque a minha determinação assim o decreta.
Impulsionado
pela minha força interior, sempre me recusei a fazer parte da multidão doente
que me cerca, amofina, e se arroga a restringir a minha liberdade de expressão,
sem até hoje o ter conseguido. Porque essa liberdade, esse direito, essa
autonomia, essa independência, faz parte de mim mesmo. São valores de que muito
me orgulho e faço questão do os preservar.
Serei
sempre o criador e o escriba da minha própria cronografia, abarrotada de “batalhas”,
sem usar nunca, uma “arma”, que é característica dos fracos; são estes que,
destituídos de conceitos, mas de “insígnias” na mão, querem subjugar o Mundo, transviando
a razão com a injustiça; invertendo deste modo, o equilíbrio dos valores da
moral, da ética e do civismo.
Todos
sabemos isso. Não é a honrada justiça que funciona, mas sim, a lei do mais
forte. Neste caso, é o mesmo que dizer que a justiça existe, porém, justiçar
é quase uma miragem.
Mas,
nos contextos da sua aplicação em que verificamos que a razão é pervertida,
nunca devemos perder a força interior para protestar. Uma circunstância devemos
ter sempre em mente; que a nossa consciência fique serena depois da nossa contestação.
É
lógico e racional, que sem justiça não há ordem e sem ordem não há justiça.
Complementam-se. Dessa união resulta o que chamo de Harmonia Social.
Esta
ordem resulta não só de uma cedência de conceitos, mas também da apresentação
de novas concepções, procedentes do inevitável desenvolvimento do ser humano,
que muda ao ritmo do avanço científico.
Ora,
para que essa Harmonia exista, não será necessário que todos concordemos com as
leis que a estatuem; o fundamental é que esse traçado legal seja elaborado
tendo em conta as tradições, as práticas e a moral. Esta baseia-se em duas frases
de extrema simplicidade:
Primeira
-” Não faças aos outros o que não gostas que façam a ti”.
Segunda
- “Com
a medida que medires os outros, essa mesma medirá a ti”.
O
grande problema de adulteração na aplicação da justiça, reside precisamente em
algumas figuras da magistratura, se deixarem “vender por trinta
dinheiros”.
De
futricas destes, basta meia dúzia para inquinar toda a estrutura judicial e
colocar em causa a ordem pública e o sossego dos cidadãos de qualquer país, por
muito grande e rico que seja.
Assim
sendo, justiça sem regras, não existe. Mas, se as regras não forem aplicadas
com consciência e meditação, a justiça volatiliza-se e outorga o seu lugar à
injustiça. Esta, quando ultrapassa o filamento da razoabilidade, resulta em
desagrado, contestação e caos.
O
resto, que é o pior, virá por arrasto.
Acho
que não preciso dizer mais.
Mas
reafirmo: lutemos pela lisura na aplicação da justiça.
“…
a César o que é de César…”
António
Figueiredo e Silva
Chaves,19/08/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Obs:
Procuro não fazer
uso do AO90.
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