DESTA VEZ, O QUE VIRÁ?!
DESTA
VEZ, O QUE VIRÁ?!
“Colocar a carroça na frente dos bois”, dá raia pela certa.
Eu
sempre disse que as intenções, enquanto não forem realizadas, não passam disso.
Uma
delas, que já havia perecido antes de ovular, foi o propósito da construcção de
um aeroporto que era "absolutamente" essencial para servir a
região Centro e o país. O AEROPORTO INTERNACIONAL DE CERNACHE (Coimbra).
Achei
tanta graça à parabólica ideia, que mesmo sabendo à partida, era tão só, um
fiasco ao serviço da propaganda eleitoral, a cravei na minha já caduca
mioleira, até chegar o momento de a ressuscitar, só para ter a sentimento do
ruído infernal das grandes máquinas nas suas descolagens e aterragens, quando a
potência máxima é solicitada ou o “thrust reverse” é acionado. É de maníaco,
não é?! Mas deixem lá!?
Bem,
isto é só imaginação. No entanto, não deixo de não sentir esses ruídos
sibilantes, ou cavos, agora fantasmagóricas testemunhas esvaídas, dos meus
velhos tempos em que a técnica aeronáutica foi o meu ganha-pão.
Porém, o que me convida a estar aqui a
enjambrar esta curta dissertação, é somente para lembrar a Manuel
Machado (Dr), actual Presidente do Município
de Coimbra, que pode dormir e ressonar relaxado quanto à sua
reeleição para a mesma têta, (o úbere é só um), porque, realmente a sua
promessa foi, não digo total, mas parcialmente “cumprida”. Não direi
integralmente, porque os factos assim o ditam.
Mas
posso “afiançar” que houve uma substituição nos objectivos, com vista a “evitar
dores de cabeça” às populações confinantes com o “famoso” e lunático aeroporto,
cujos planos aterraram de papo e ficaram-se pelo capim.
Como,
“com
papas e bolos se enganam os tolos”, o Sr.
Presidente deste Município, pensou relativamente bem; optou antes,
por ofertar umas “Arrufadas-de-Coimbra” aos munícipes, com o fim de os aquietar,
mas não deve ter visto com fundamental entendimento, o outro lado da moeda.
Essa face, antes escondida, é que até tem acarretado muito mais dores de cabeça
pela impaciência e perigo motivados, decorrentes da clara e observável anarquia
que trouxe ao movimento rodoviário e pedonal, com aguçado relevo para as pessoas
de idade avançada, cegos e amblíopes, e para indivíduos, que, independentemente
da faixa etária, sofrem de problemas de locomoção – isto não é nada; muito mais
haveria para dizer.
As
TROTINETAS!
Esses “maravilhosos” empecilhos que pela cidade e arredores cirandam sem rei
nem roque. É certo que têm vindo a
servir de transporte individual ou colectivo, fazem muito jeito aqueles que não
gostam de andar à pata ou consumir alguns minutos à espera do autocarro. São
transportes práticos – até devia ser permitido levá-los para junto da cama.
Não
estacionam; abandonam os trambolhos em qualquer lado. Atravessados na rua ou
nos passeios, podem circular em contramão e andar aos “esses”, quando na
aprendizagem; pelo mesmo preço, têm espaço para transportar até três
passageiros – eu já vi -, em quanto que não aparece um habilidoso que entenda
fazer do guiador, também um belíssimo de assento.
Penso
que este estratagema do disseminado “parque trotinético”,
colocado ao dispor dos “cidadões” da zona centro, e cosmopolitas que por
aqui cruzam, foi uma óptima alternativa ao AEROPORTO
INTERNACIONAL DE CERNACHE. Custou uma ninharia e não deixa de
não ter integrando, como é de considerar, uma mais valia conducente a uma
reeleição autárquica fanaticamente ambicionada.
Agora
resta equacionar e questionar, sobre as responsabilidades referentes ao uso dos
referidos EMPECILHOS que pr’aí circulam,
“desalbardados” de qualquer regulamentação Governamental ou Autárquica; quando
os “passageiros/condutores”, alguns desmiolados e irresponsáveis, outros
etilicamente bem encharcados ou com a “ganza na cornadura”, sem habilitação
equilibrista, sem seguro para o caso de haver acidentes), e sem lei, começarem a
cair como tordos, que é o mais certo, quero ver que vai ser responsabilizado.
DESTA
VEZ, O QUE VIRÁ?!
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
08/08/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço por não usar o AO90
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