A DIGNIDADE
O
conceito jurídico dignidade da pessoa humana,
é o conceito fundamental da ciência jurídica.
(Roberto
Wagner Lima Nogueira)
A
DIGNIDADE
Quando não defendemos os nossos direitos perdemos a dignidade e esta não é negociável. Ela desponta e medra em função do respeito por nós próprios. Manifesta-se pela possante força de vontade, de, quando entendemos que os nossos procedimentos estão no caminho errado ou navegam na crista das vagas da dúvida, sermos capazes de dizer não, a nós mesmos. Obviamente que toda a estructura fulcral implicada na formação da honorabilidade reside na concepção lógica de que nós nos devemos colocar no lugar do próximo, antes de procedermos a julgamentos fúteis e sem nexo, ou tomarmos decisões negligenciadas do uso da razão.
Naturalmente
que, apesar de ser nosso dever alimentar uma maneira de ser purista, em relação
à nossa honradez, é também obrigação nossa, ter sempre presente a noção de que
sozinhos nunca conseguiremos mudar a estrutura de alguns elementos das comunidades,
quanto à sua maneira de pensar e agir; porém, ficaremos com a certeza plena, de
que não fazemos parte do monte de esterco, do qual fazem parte aqueles que dela
não usufruem.
O
valor da dignidade pessoal é de elevada relevância para manutenção da
solidariedade entre as pessoas, através do respeito mútuo, para o qual não
existe outra forma de o conseguir.
Na
inexistência da respeitabilidade, que até está a evidenciar um aumento na sua
frequência, podemos observar e sentir, que o Mundo anda e continua a mover-se a
passos largos, para uma grande confusão, que provavelmente acabará no funesto
caos.
As
pessoas devem consciencializar-se de que podem ser resolvidos com mais
facilidade grande parte de todos os dilemas, se colocarem em evidência o respeito
pela dignidade dos outros.
Acredito
que o ser humano foi criado para pensar; logo, em vez de pensar bem, não vejo
razão para pensar mal – a menos que seja alucinado. Mas isso já pertence ao
foro das aberrações da Natureza, cujos meandros ou propósitos transcendem a
minha capacidade de compreensão.
Não
existem outros meios de avaliar conhecimento das pessoas a não ser pela sua
personalidade (que é nata), pelo seu temperamento e pela sua honorabilidade.
Há
quem acredite – erradamente - que os “metais” são avalistas imaculados da
dignidade humana. Mas eu assim não o entendo.
Considero-os apenas como medidas enganadoras que não estão aferidas para
esse fim, porém tidas como tal, por muitos patetas destituídos dessa dignidade,
que vagueiam por este mundo, corrompendo a sua estabilidade - até que o seu dia
se aproxime!
Pessoa
sem dignidade, não passa de um ser miserável, fortemente pontapeado pelos
protestos asfixiados pela tirania ou libertos pela coragem indomável e colérica
da censura colectiva.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
19/05/2021
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Nota:
Faço
por não usar o AO90.
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