“REVELAÇÃO” "ОТКРЫТИЕ" "REVELATION" "OFFENBARUNG" "אנטפלעקונג"

                                                         A foto é de …(um “xenobot” real construído inteiramente a partir de

células da pele de rã e do músculo cardíaco (vermelho).

Sam Kriegman, UVM


“REVELAÇÃO”

"ОТКРЫТИЕ"

 "REVELATION"

"OFFENBARUNG"

"אנטפלעקונג"

 

(Composição séria sobre o Mundo, “arrefecido” e demente)



A luta é titânica entre a Sabedoria do Mestre e a cultura tosca e insipiente do Aprendiz.

O Homem, esse inocente e irresponsável micróbio, está enganado nas suas aproximações calculistas quanto à grandeza do Cosmos e ao papel que nele desempenha. E mais, pela forma como raciocina, está em erro, pois ele não representa o Universo. Nem tão pouco o subjugará. Impressiona-me a sua ignorância. Porque ele próprio é um universo dentro da imensidão incomensurável do Universo Absoluto; sendo que, espaço que o Mundo ocupa, é de tal magnitude e tão infindo, que transcende todas as capacidades que o Ser Humano possa investir para abarcar o seu conhecimento, - oculto e supremo - excepto uma; a sua “prodigiosa” e infatigável qualidade imaginativa. Esta, cavalga e voa a toda a brida sem rédeas nem destino, saltitando pelo espaço livre da ilusão.

A viagem da mente, cabe em todos os orifícios, por mais ínfimos que sejam, atravessa as mais apertadas frinchas e derruba igualmente, as robustas barreiras do impossível. A fertilidade da imaginação humana também é de tal forma ilimitada, que, perante a míngua de ocorrências que assegurem o crédito das mesmas, o Ser Humano recorre à invenção e à criação de mitos, milagres e crenças, para fundamentar as suas acções, “colhidas” na esfera dogmática da sua “deficiente sabedoria”.  

Estas são constantemente disseminadas em forma de escrituras e tratados científicos, cujas consequências têm vindo a causar graves danos a todos os seres viventes que ocupam, há “poucos” anos e por “escaços” dias, esta Bola Azul, que caminha em gravítica suspensão, rodopiando no Espaço Sideral, sabe-se lá, até com um rumo indefinido. Vista à escala ultraterrestre da suposta dimensão do Espaço Negro que conglutina um Universo pontilhado de “pequeninas luminárias”, esta esfera “micro-cósmica” cheia de vida há espera de morte certa, praticamente não se distingue. É menor do que o mais ínfimo grão de areia, que, “ligado” a outros, turbilha ordenadamente no Espaço Sidéreo.

É natural que a Entidade Criadora do Todo, sinta que uma qualquer parte do Seu Inteiro, esteja a ser infectada pelo avançar desordenado de uma enfermidade ruim, procedente desta Esfera Terrestre (chamámos-lhe assim), concepção Sua, que, pela perfeição que lhe concedeu, não admite quaisquer alterações no andamento sincrónico da matéria que lhe confere o movimento definido para dar origem e manter uma existência verdadeira, que é… A VIDA. 

A bicharada “pensante” que nela habita, e se deixou contaminar por indiscreta ignorância, obstina em mexer no que desconhece, modificando a sincronia de todo o ecossistema, e, deste modo, colocar a Existência deste microcosmo sob a ameaça de uma ponderabilidade inconsequente, que certamente também está a afectar todo ou partes do Universo, do qual ignora completamente a sua dimensão. Este, não é mensurável. Apenas a suposição é tida como medida padrão para tudo.

No meio desta “animalada” começaram a destacar-se os “aprendizes de feiticeiro”, boticários, malabaristas e semelhantes, apostados em desvendarem o mistério do saber, para no fim concluírem – mas não aceitarem - não saberem nada.

Estes, principiaram por remexer nas propriedades da matéria até então quieta e equilibrada; começando na “raiz dos pentelhos” p’ra ver a sua constituição molecular. Ficaram pasmados!  Descobriram que afinal a matéria não terminava ali; foram mais ao seu cerne e encontraram electrões a saltar nas suas órbitas ordenadas – por enquanto – em frenético movimento à volta de qualquer coisa que os atraía; continuaram a bulir e atingiram o “coração” de uma partícula a que deram o nome de átomo, que “dormitava” com o bandulho cheio de outras partículas mais ínfimas, contudo, em imperturbável equilíbrio, ladeado pelos electrões rodopiantes à sua volta. Todo este sistema mantido estável e em sincronia, por uma energia de coesão, a que os “aprendizes” chamaram Força de Inter-acção Forte. A maior força conhecida na Natureza. Maravilhoso! Extasiante! Um perigoso aceno convidativo à continuidade investigatória, que incute no Ser Humano a curiosidade de uma criança que pode redundar num fim determinado e catastrófico - é o mais certo.

Em prosseguimento, com a sua insaciável imprudência de ver se o átomo era belo, estético e dócil, engendraram a maneira de o partir aos bocados para poderem “autopsiá-lo”, depreciando a perigosidade da acção que iriam praticar, ao mexer com o “coração” da matéria. Assim, continuaram e deflagraram a instabilidade nuclear, da qual podemos constatar os resultados pouco animadores daí consequentes – e que poderão vir a ser muito piores.

Ainda com um novo anseio, o de conhecer o microcosmo vivo e poder domá-lo, inovaram uma “trapalhada” a que chamaram Engenharia Genética.

Consequente dos estudos por essa especialidade desenvolvidos, vieram as modificações da estructura natural de alguns venenos, não só aproveitados para o bem, mas também destinados ao desenvolvimento de armas químicas, no intuito de limpar o sebo a muitos seres, seus semelhantes – esqueceram-se, porém, de que os resultados poderiam voltar-se contra os próprios “principiantes”. Alguns já foram padecentes das “merdas” que edificaram.

Já é possível “conceber” clones de seres vivos, certamente para que cada indivíduo, seja eternamente igual a si próprio, porventura na expectativa de que todos os seres ficassem sempre idênticos, retirando à Natureza toda a beleza da Criação, que prima pelo exotismo na diversidade.

E agora, ainda com recurso a essa mesma “engenhoquice”, já é possível manusear células vivas para fazer “microchips” que “baptizaram” de “xenobots”. Estes “seres”, comportam-se como máquinas, mas são células vivas, contudo, susceptíveis de serem programadas à dimensão da vontade do Homem. Não sei onde isto vai dar!?

A “Ciência” é pródiga nas criações, mas limitada nas precauções. “Só coloca as trancas a porta, depois da casa roubada”.

O Ser Humano, com as virtudes inerentes a um Ser Racional, (interrogo-me muito sobre essas capacidades), “Ciência” e “Deficiência”, não tem feito mais do que arquitectar a sua própria extinção e o desaparecimento de tudo quanto na Terra existe. Ele é o criminoso que mais tem atentado contra os princípios naturais, cosmicamente criados por ALGUÉM SUPREMO, que em absoluto desconhece.

Presentemente, não lhe assiste o direito de se lamuriar. Isso de nada lhe adianta, porque a Natureza, apesar da sua estrema “morosidade”, é implacável.

São doenças novas e perigosas a dissolver-lhe o físico, a aterrorizá-lo, a sugar-lhe o sono e colocar-lhe o descanso mental em frenética depauperação funcional, prostrando-o e fazendo-o pensar se valeu a pena existir e mexer no infinito cadinho do mistério, composto pelo Microcosmos e Macrocosmos, em que um é o espelho do outro e completam-se mutuamente, formando uma só unidade. O UNIVERSO.    

Acredito que o Ser Humano, de quem a ingratidão se apropriou, é o filho enjeitado desse Todo Universal. Consiste numa pandemia, não Global, porém Cósmica, pela qual tem um preço alto a pagar e um prazo determinado para o seu ressarcimento – qual, não sei.

Então, também é normal que a Força da Criação tenha necessidade de eliminar, não só o Ser Humano com toda a ignorância que o complementa, mas todo o ser vivente, ou até mesmo fragmentar toda a Esfera Azul, com tudo o que nela possa existir. Porque admito que este Globo não foi colocado como um simples calhau a vagabundear esmo, no Espaço Sideral. Acredito que foi uma dádiva Suprema, porém sob um contexto bem definido. Para servir de domicílio paradisíaco a todos os seres que nele existem, porém com uma condição pré-estabelecida: cuidarem dela como sendo parte integrante desses indivíduos – e é.

  Mas foi precisamente essa condição que o Ser Humano atirou pata trás das costas.

O “aprendiz”, (SER HUMANO), tem realizado tudo para arruinar este Paraíso que foi colocado à sua disposição, (ainda não sei por quem), neste Grãozinho Sideral. Mas até essa ínfima partícula ele quer desfazer.

Isto tem de acontecer porque, num abrir e fechar de olhos, a imperfeição do Homem estendeu-se a toda a Terra e está a afectar as forças que sustentam A Sapiência da Mestria Universal. Agora, entendo que será tarde para reverter.

Então para onde caminhamos nós?!   

Assim… “Mata-se o bicho, acaba a peçonha”.

 Conclusão:

“A curiosidade matou o gato”, mas… “a satisfação (não) o trará de volta”.

 

 

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 22/01/2021

http://antoniofsilva.blogspot.com/

Nota:

Faço por não usar o AO90

 

 

 

 

 

      

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