“TUBEIRA DE REACÇÃO” “REACTION TUBE” "REAKTIONSROHR" “REAKSIE TUBE”
“TUBEIRA
DE REACÇÃO”
“REACTION
TUBE”
"REAKTIONSROHR"
“REAKSIE
TUBE”
(DETA Linhas Aéreas de Moçambique)
(DETA
Mozambique Airlines)
(DETA
Airlines van Mosambiek)
Estou
cansado da presumida exposição de farpelas “estéticas”, corpos talhados a
cinzel de sublimada aparência, guarnecidos de sorrisos de deleite previamente
montados para uma captação rigorosa a reservar para um futuro que com celeridade
se aproximava e onde agora, toda essa beleza se desvaneceu. A osteo-oxidação da
vetustez tomou conta de tudo isso, deixando apenas a saudade e a lembrança de
tempos, que o próprio tempo há devorado.
Surgiram os grandes aeroportos, onde antes eram cerradas florestas capilares; algum do “arvoredo” que ainda possa existir, é ralo e alvo, como flocos de neve a caírem na manhã do inverno da vida; as rugas, impertinentes, sulcam a epiderme, apostadas em não deixarem as maquilhagens e os pozinhos de perlimpimpim, entrarem em greve; as cintas, apertadas como cilhas de burro, procuram esconder as panças dilatadas, outrora componentes de esculturais físicos, montados sobre um par de pernas aparentemente bem torneadas – algumas – e engrinaldados retesados bustos, que, só de olhar, a bomba hidráulica do sistema vascular andava muito perto de entrar em cavitação; as banhas assenhoraram-se da formusura e o andar já se acentua de ligeira claudicação – em algumas/uns.
E sinto-me fatigado, porquê? Porque não
foi somente àqueles que envergaram essas fardetas agarrados aos “comandos dos
pássaros-de-ferro”, a esses outrora corpos “esbeltos”, especialistas em equilibrar
e manipular tabuleiros repletos de sandes ou recipientes com chá, café ou
laranjada nem aos outros, “comandantes” de carga e recepcionistas de terra, que
o nome de DETA Linhas Aéreas de
Moçambique, se propagou por todo o território e além-fronteiras!?
Não. Por detrás de todo esse emaranhado de
elementos “presunçosos”, bamboleavam as batas brancas, dos “médicos” e “veterinários”
da aeronáutica, que asseguravam com cuidado e milimétrica precisão, o bom
funcionamento das máquinas voadoras, para que tudo corresse bem. Eram eles que,
formando coesas e organizadas equipas, perdiam muitas noites em investigação para
a resolução de avarias, com o objectivo de que a toda a tripulação e passageiros,
pudessem ser garantidos o máximo conforto e segurança nos voos internos ou
internacionais.
Eram técnicos em aviónica, técnicos de manutenção com cursos de habilitação aos
diversos aviões, especialistas em acessórios, hélices, casquinheiros, etc.
Foi também e principalmente, graças a esse
pessoal, quase sempre remetido para o anonimato, que a DETA Linhas Aéreas de Moçambique, sulcou parte dos céus do nosso
globo e creditou a sua confiança nas pessoas que as utilizaram para chegarem
aos seus destinos em segurança.
Lamento, mas vou ter de abrir as outflow valves, porque a pressão de
cabine, está a sair fora dos limites.
Desses não existe “faladura”. Devem
cheirar a skydrol.
António Figueiredo e Silva
Técnico de Manutenção de Aviões da DETA
Lincença Aeronáutica nº 122
Especializado em:
- Fokker F-27 Fiendship
- Boeing 737
Com os Cursos complementares tirados na
TAP, dos aviões:
- Boeing 707
- Boeing 747 (Jumbo)
Fui chefe de equipa em:
Fields Aviation
Rand Airport
Germiston – Zuid Africa
Coimbra, 15/08/2020
http://antoniofsilva.blogspot.com/
Obs:
Faço
por não usar o AO90
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