O "BICICLITEIRO"
“A vida é muito
importante para ser levada a sério”.
O
“BICICLITEIRO”
É
muito raro eu tomar uma postura destas, mas, desta vez, vou fazê-lo com muito
gosto. Vou dar as minhas congratulações a duas pessoas ao mesmo tempo, por
saber que uma merece e outra vai por arrasto.
Parabéns à/ao, paparazzi, que conseguiu captar, ou conceber a “foto-montadura” do
nosso Primeiro-ministro, todo xonguila
assentado numa engenhoca que, como disse Guerra Junqueiro, *“é o único veículo em que a besta puxa
sentada”, e parabéns a ele, António Costa, pela humildade e alegria estampadas
na rosto, que conferem à demonstração o verdadeiro sentido de um dos princípios
básicos para uma economia que pode vir a ser florescente, neste país de
estructura poliédrica, sendo que, a cada face, corresponde uma “genealogia”
pouco abonadora, onde todos vivem a tentar lixar o parceiro; aldrabões,
mercadores, vigaristas, trapaceiros, insubordinados, pobretanas e ralé. Os
párias, não vale a pena chamar para a festa, pela “reduzida“ importância que
representam para a comunidade.
Que me desculpem os leitores, mas eu sinto
prazer em brincar com a verdade; mesmo que pareça mentira, tenho acertado
muitas vezes. Naturalmente que, devido à idade, há ocasiões em que já não me
apetece muito fazê-lo; porém, quando essas ocasiões surgem, eu sinto um
inquietante formigueiro dentro de mim e as campanas da consciência, sem
refrigério, começam a tocar a rebate e a gritar, “ou continuas ou estás velho,
pá”! Aí, congregando todas as frouxas forças que ainda bolem, num ímpeto de reumática
coragem, renuncio à canseira e prefiro continuar. Sinal de que a vida ainda
mexe – e a ironia também.
É por estas razões e mais algumas, e “porque
acredito em tudo o que vejo”, (o que penso é outra coisa), que me atrevo a
tecer enaltecimentos ao nosso Primeiro-ministro, essa galante figura da nossa
aristocracia “purulenta” (menos pura do que lenta), que, de mãos coladas ao “guiador”,
vem “pedalando” com “hercúleo” esforço, - topa-se - na tentativa de manter o
equilíbrio rectilíneo proveniente do movimento circular dos rodízios, que o
efeito giroscópico teima em fazer abortar.
É preciso muita coragem, força de vontade
e resiliência, ou…
E se algum dia houver um novo aeroporto,
(certamente que já não farei parte deste mundo), e dado que em Portugal se
trocam os nomes com facilidade à feição dos “ventos que sopram na altura”, será
minha vontade que seja cognominado, AEROPORTO INTERNACIONAL ANTÓNIO COSTA –
mesmo que seja um reles aeródromo.
E, para terminar:
AS MINHAS CONGRATULAÇÕES, Sr. Primeiro-ministro.
E que a Divina Providência lhe equilibre
bem a “bicicleta”.
António Figueiredo e Silva
Coimbra,
19/07/2020
*Para que não subsistam
confusões nas mioleiras mais “perversas”,
quero aqui clarificar, que
o sentido da frase não é com a intenção
de titular de besta, o nosso
Primeiro-ministro, mas pela minha
admiração por Abílio Manuel Guerra Junqueiro.
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