CRIAÇÃO DE UM "ALQUIMISTA" "JACUZZI PARA ESTERILIZAR" DINHEIRO
A inteligência e a
esperteza são absolutamente
incompatíveis, pois a primeira sabe que tem
muito por saber, enquanto segunda está sempre
certa de que tudo sabe.
(Suely
Almeida)
A
desarmonia entre ambas é
que
dá chance à investigação.
(A.
Figueiredo)
A
CRIAÇÃO DE UM “ALQUIMISTA”
(“JACUZZI” PARA “ESTERILIZAR” DINHEIRO)
Este,
certamente que, para além de entusiasta, estou crente de que é mesmo um
praticante da alquimia numismática; só que em vez de caldear umas mistelas com
ácido clorídrico, mercúrio, lixívia, sabão-macaco, potassa pura, mijo de
lobisomem ou suco de tarântula, optou pelas características do “jacuzzi”, para
a lavagem de “proventos” monetários, que naturalmente sabia estarem um bocado
escuros pela “oxidação” decorrente da sua duvidosa obtenção e encardidos pela
falta de lisura na proveniência dos mesmos. Ou então, utilizava as barritas de
ouro e o patacão, para derramar no ambiente uma energia positiva, através dos
vapores escaldantes de H2 O, donde resultaria – penso eu – uma calma e um
bem-estar que o transportaria ao deslumbramento e a encarar a vida presente e futura,
com toda a grandeza e descontracção.
Isto sim! Isto é arte!
Ainda fico a pensar como os meus botões, o
que lhe teria passado pela cabeça, para fazer um defumadoiro sem incenso, ao
dinheiro e barras de ouro ao mesmo tempo?! Querem lá a ver que o “rapaz” se
passou da cornêta?! Hum! Aqui, de
certeza que há truque de malabarismo sujo, ou seja, prestidigitação económica
malfeita, que permitiu levantar o alçapão da dúvida às autoridades competentes;
se assim não fosse, o que é que a PJ (Polícia Judiciária) andou a “cheirar”
sobre este distinto cidadão de tendências “alquimistas”?
Não me custa a crer, que o laboratório não
estivesse devidamente licenciado para a lavagem a vapor, que culminava na
transformação de “guita” em barras de ouro; mas custa-me um pouco a creditar
que este Sr. seja daqueles que acredita na Pedra Filosofal.
Ainda sobrevive em outra hipótese na minha
opinião: existem grandes probabilidades do Sr. António Calvete
(que não conheço), ser pessoa bem formada (e de que maneira!?), possa ter
andado a aforrar esse bocadinho, - que
comparado com as fatias avantajadas de Salgado
ou Berardo,
é ridícula uma amostra – com a intenção de o distribuir pelos pobres.
Argumento deste modo, porque apenas tenho
conhecimento dos factos, - veiculados pela comunicação social - e não das
intenções “altruístas” ou “caritativas” que guiaram o Sr. Calvete para a trama
da PJ, só por ter transportado o dinheiro e as barritas de ouro para o
“jacuzzi”, se a sua intenção era, hipoteticamente, a de proceder à sua
distribuição para os mais necessitados, e não querendo fazê-lo com o pecúlio
conspurcado, por uma questão de higiene pessoal e para não contaminar o
ambiente.
Devem ter sido estas intenções - “creio” eu!?
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 30/062019
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