BOM ANO 2019?! ХОРОШИЙ ГОД 2019?!
É
meu desígnio dirigir esta crónica com propensão oracular,
a
todos os portugueses que vivem neste jardim
criminosamente
incinerado e economicamente
anquilosado,
e também a todos os outros estão
dispersos
pelos Sete Continentes, na
busca
de uma melhor subsistência.
Também
merecem.
(A.
Figueiredo)
BOM
ANO 2019?!
GOOD
YEAR 2019?!
ХОРОШИЙ
ГОД 2019?!
DOBRY
ROK 2019?!
TAHUN
YANG BAIK 2019?
Guten
Jahr 2019?!
TAHUN
BAIK 2019 ?!
Penso
que não.
Gostaria realmente, desejar a todos
aqueles que seguem a minha prosa, um Novo Ano repleto de cabazes de contentamento,
porém não auguro isso. Muda a data, mas a mixórdia vai continuar na mesma, se
não for para pior. Não é com a passagem dos ponteiros do relógio, após
satisfação mecânica de uma cópula do final (aparente) de um dia, com passagem
orgásmica das 00.00 h para as 00.01 h, que aparece uma "Lâmpada de Aladino" para
nós esfregarmos até sair de lá um mago parvalhão, que nos vai ajudar mudar o
azimute para o qual estamos orientados – mal, mas estamos.
As circunstâncias continuam a rolar e a desenrolar
da mesma maneira e com os mesmos movimentos de parca credibilidade, como tem
sido até agora.
Os apuramentos das verdades irão continuar
desmembrados e sem conclusão, as soluções para os mais diversificados problemas
continuarão debaixo de água para dessalinização, do rasquido pertencente à
suposta elite, uns continuam no poleiro e outros, depois de condenados
continuarão à solta, impávidos e sem soltura, os coletes amarelos não irão
fazer mossa, a não ser que sejam às riscas amarelas e pretas e se identifiquem
como “A REVOLTA DA VESPA ASIÁTICA”, as
greves prosseguirão o seu caminho para agudizar a destruição da economia e
fomentar o desemprego, os incêndios irão continuar mesmo sem eucaliptos,
enquanto os “pirómanos” ( criminosos),
se mantiverem sob apresentação semanal de identidade e residência às
autoridades competentes, os serviços de saúde não irão melhorar, os reformados
mais miseráveis (porque os há com boas pensões), continuarão com os seus dedos
artríticos a diminuir as vezes de contagem dos cêntimos, os impostos certamente que não se vão manter
em estagnado silêncio, os transportes, os combustíveis e as rodovias também vão
inchar, o ensino não irá pela melhor qualidade, não por culpa dos professores, mas
por culpa das medidas impostas por quem dirige o sector da educação, e por
causa da civilidade deficiente com que muitos progenitores aprovisionam aos seus
descendentes, etc.
Uma coisa será certa: as ruas continuarão
a passar pelo trajecto das mesmas, só que ainda vão ter um senão; os buracos vão
aumentar em relação ao tamanho do buracão da economia e à inépcia de muitos
dirigentes cuja característica é afincadamente protegida por uma divinizada invulnerabilidade,
em que o limite é incrivelmente ilimitado.
Por tudo o que acabei de redigir,
mantenham as ilusões que entenderem, com mais ou com menos “molho”, ao gosto de
cada um.
Resta-me apenas, com toda a força da minha
alma, DESEJAR-VOS UMA LINDA E
RADIANTE NOITE DE PASSAGEM DE ANO 2018/2019.
APROVEITEM
O MOMENTO AO MÁXIMO PORQUE OUTRO NÃO VIRÁ IGUAL; O MUITO QUE PODE ACONTECER É…
SER SEMELHANTE.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 31/12/2018
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