HÁ CARECAS COM "SORTE"
As
palavras verdadeiras não são agradáveis
e
as agradáveis não são verdadeiras.
(Lao
Tzé)
As
minhas “pecam pela verdade”;
por isso, não serão muito agradáveis.
(A.
Figueiredo)
HÁ
CARECAS COM “SORTE”
Há
carecas com sorte, mas também existem macambúzios guedelhudos com a sorte dos
pelados.
Quando a “matéria fecal” é de desmedidas
proporções, há sempre um constrangimento nos movimentos peristálticos judiciais,
que resultam num entupimento, quiçá, por negligência propositada, do andamento
processual.
Ainda não percebi o porquê, - ou faço
que não percebo – de isto acontecer.
Em meu parecer, a justiça não tem
funcionado bem; a sua imparcialidade varia na razão directa do poder económico
ou político de alguns cidadãos, não podendo obedecer por isso a uma igualdade
de critérios para todas as pessoas da mesma comunidade.
Ora, este estado “caótico” e
desacertado, imperativamente tem que levar uma volta; naturalmente que não já
não deve ser no meu tempo de vida, mas que vai levar uma reviravolta, vai. Porque
desta forma isto não pode ter a continuidade pela maneira como descarada e
vergonhosamente tem vindo a ser processada a nossa magistratura, onde todas as
dúvidas são passíveis de serem conjecturadas.
O espaço demarcador entre a força e a
justiça, tem diminuído a sua dimensão por via de influências exógenas,
antagónicas à sua rectidão, que tendem a provocar uma variação na sua forma
doutrinária, resultando daí morosidade, arrastamento de processos, e muitas
vezes finalizar no que de mais tenebroso pode existir para a humanidade; a
injustiça.
Porém, não é em vão que muitos autorizam
a que as injustiças sejam cometidas; está no seu ego, é sua tendência própria;
mas por outro lado, eles mesmos sabem rodear-se do vocabulário essencial para
dissolver a verdadeira essência da sua reflexão, adulterando-a de forma airosa
e às vezes convincente – nem sempre aplaudida é certo. Mesmo assim, isto pode
levar a que um justo possa fazer uma longa visita ás masmorras prisionais e um
criminoso nunca lá ponha os pés.
Tem-se verificado casos destes, não é um
nem dois, são bastantes; são os suficientes para descredibilizar a justiça,
mesmo vista pelos “olhos de um zarôlho”.
Já sabemos que materialmente é
impossível haver igualdade entre os seres humanos; isso é ilusão, é sonho de
loucos! Mas c’um raio… ao menos que haja paridade nos direitos e nos deveres.
Há muita gentinha que só tem direitos;
comprados por apadrinhamentos ou por outra forma qualquer isenta de lisura, mas
têm-nos; então, com mestria e habilidade a ajustiça falseia a tara da balança, embainha
a espada, aperta a venda demais e comprime o cérebro, atrofiando-o, decorrendo
daí consequências graves que são maus agouros para quem deseja ou é obrigado a acreditar
nas suas funções: cívica, coerciva e tutelar.
Mais não digo.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 21/10/2017
www.antoniofsilva.blogspot.com
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