QUEM OS NÃO CONHECER...
Não
é a política que faz o candidato
ser aldrabão e oportunista.
É
o teu voto que faz o
aldrabão
e oportunista ser político.
(?)
A
comunidade portuguesa está armadilhada por tudo quanto é poro e não se pode
confiar em ninguém; muitas vezes até em nós próprios. Quantas situações não
tivemos na vida, em que fomos falseados por juízos que pensávamos estarem certos,
e, para nossa perturbação, atraiçoaram a nossa boa-fé por terem saído errados? Por
exemplo: quando escolhemos mal os “burros”.
É pertinente e até desejável, questionar a
honradez, a sinceridade, o senso de igualdade e fraternidade de quem nos
governa, e as qualidades dos outros predadores, que como tubarões brancos –
também os há negros, mestiços e às riscas – à roda circulam, nunca sozinhos,
porém sempre com as rémoras agarradas à pele, arreganham os dentes para o
plâncton, em cuja composição a maior percentagem é composta por arraia-miúda.
O
Zé, o povo, o mexilhão, por culpa dos argumentos e discursos habilmente
decorados para depois serem, com toda a solenidade, cuspidos de improviso,
embrulhados num envenenado papel pardo de populismo, fica sempre sem saber em
que esquina se encontra a verdade; só a conhece, quando a mentira começa a
boiar, sendo já tarde para abrir as portas da reversão.
Os
predadores são mestres em iluminar o universo da esperança com lamparinas de
pavio curto, para que a sua duração chegue apenas até à contagem votativa; é
esta a forma como toldam a mioleira das multidões que, inundadas pela expectativa
e sôfregas de melhorias, ficam expostas a um estado de hibernação, em que a
ténue linha limitadora fica pousada no universo interrogativo entre a dúvida e
a certeza. Neste estado psicológico onde a imponderabilidade é uma circunstância,
basta um empurrãozinho de manhoso artista, e a sorte cai para o seu lado; aí, à
manjedoura, bem presa pela corda do orçamento, permanece uma bela vaca leiteira
onde eles podem mamar à vontade até se saciarem – que nunca são cheios! – ou
até que o úbere seque e o animal (vaca) fique reduzido a pele e osso.
Escrevo
estas linhas hoje, porque amanhã poderei estar incapacitado de o fazer, e
também porque já pairam no ar os preparativos para a grande invasão psicológica,
nos quais, se estivermos vigilantes, já podemos enxergar alguns disparates e
arteirice na exposição da catequese, que se relaciona com a persuasão das
massas para o efeito de preferência.
Apesar
de ser tudo gente bondosa, séria e cheia de boas intenções virtudes de poucos,
graças ao Criador…
QUEM OS NÃO CONHECER, QUE OS
COMPRE.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
26/01/2015
www.antoniofigueiredo.pt.vu
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