MEU POBRE PORTUGAL
Quem viveu muito acima das suas possibilidades
nas
últimas décadas foi a classe política e os
muitos que se
alimentaram
da enorme manjedoura que é o orçamento
do
estado. A administração central e local enxameou-se
de
milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis,
fundações
fraudulentas e empresas municipais fantasma.
(António Costa in Quadratura do Círculo,
SIC, em 25/01/2013.
MEU
POBRE PORTUGAL!
(Verdades
que ficam p’rá ‘stória)
Não, jamais me deixei seduzir por
quaisquer dissertações catequizadoras do foro político e muito menos por
quaisquer teorias doutrinais marxistas ou de tendências a tal. Não.
Considero-me um indivíduo livre e imune (até agora) da moléstia que tem
infectado o tino de muitos portugueses graças à modéstia da sua (deles) própria
franqueza: a beatice, a ortodoxia.
Por isso, não consigo deixar de memorar a todos os que me lêem e que certamente
disseminarão, não só por cá mas por toda a esfera azul, para avivar nas mentes
mais deslembradas, as palavras acima mencionadas, vocalizadas por António Costa, alta figura no tabuleiro
do xadrez político do PS.
São realidades que todos percebemos
existirem; sabemos que estamos a pagar uma factura que não nos pertence mas que
nos foi imposta, e cuja extensão se estenderá até aos nossos filhos e netos –
no mínimo. São os restos de um Portugal desossado, que os “abutres” deixaram
para os portugueses rilharem, até partirem os últimos dentes que ainda lhes possam
sobreviver à crise, pela vontade indómita de vencer sob o jugo de pesado
sacrifício. Uma crise que, como se pode ver, partiu de cima para baixo e não de
baixo para cima.
Realmente a manjedoura tem sido grande,
mas não tão colossal que tenha conseguido satisfazer a voracidade da ruminação,
que não tem tido limites, de todos quantos dela tenham “irmãmente” partilhado o
repasto.
António
Costa ousou, (se calhar puxaram-lhe as orelhas), num
momento de reflexão e lucidez, atirar cá para fora as razões da crise que
atravessa este bocadinho de terra lusa, banhada em todo o seu comprimento pelas
águas do Atlântico. Uma costa rica, maravilhosa, com recursos inumeráveis,
entregue a um país cujas figuras de proa se preocupam em governar-se e não em
governá-la.
MEU POBRE PORTUGAL!
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
20/10/2014
ou:
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