OH2
Não nos
devemos lembrar da água,
somente
quando sentimos a boca sêca.
(A. Figueiredo)
H2O
Se este precioso líquido
deixar de existir, essa vida, tal como a observamos em toda a sua plenitude,
varrer-se-á da face Terra, convertendo-a num planêta infecundo, amorfo e vazio.
Basta saber que, 70/75%
do peso do corpo humano é água; e este, em si, também configura um oceano onde habitam
os mais diversos e invulgares organismos; nele vogam, respiram e se sustentam,
para, paralelamente, alimentarem também a “reduzida” existência do Ser Humano,
bem assim, como de todos os Seres Viventes.
Como o Homem, toda a
bicharada e toda a vegetação, carecem deste precioso líquido; para a sua multiplicação,
nutrição, sobrevivência, e “infinita” continuidade.
Considero por isso que, de
todos, este é o bem mais precioso à face da terra, concedido a partir da Criação.
É óbvio que, perante o
avanço da Ciência, não me é de todo em todo desconhecido, que existem outras formas
de vida que não necessitam de recorrer à respiração celular aeróbica para sua
sobrevivência e propagação.
Igualmente pode ocorrer,
dado que o Universo é supostamente de dimensão infinita e os elementos que o
caracterizam vão muito além do Conhecimento Humano, que seja susceptível a
existência de outas formas de vida que não necessitem de água, nem tão pouco de
oxigénio.
Contudo, não devemos
valorizar a água, esse tal H2O, somente quando estamos sequiosos e necessitamos
de nos dessedentar ou mundificar as máculas do nosso físico – as da língua, é
certo que só o silêncio da “terminação” as expurgará.
Como assim, enquanto por
cá vamos andando, é bom que ela (água) não escasseie. E devemos ter sempre a
noção de que, perante a incomensurável dimensão do Universo, o lugar onde
habitamos não passa de uma nanoscópica lágrima de água – se calhar, nem isso!?
E o “Suplício de
Tântalo” deve ser muito amargurado!
António Figueiredo e
Silva
Coimbra, 22/03/2025
Nota:
Não uso o AO90.
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