A VIDA ЖИЗНЬ לעבן ЖИТТЯ LEBEN
Não vivas para que a tua presença seja notada,
mas para que a tua falta seja sentida.
A VIDA
ЖИЗНЬ
לעבן
ЖИТТЯ
LEBEN
Quem nós éramos e ao que chegámos!
Por mais ocasiões que higienizemos o nosso físico, que rapemos (os que rapam), ou besuntemos (os que a besuntam) a face, por mais estilos que possamos dar ao cabelo (quando ele existe), e por mais elevado que seja o nosso desejo em sermos sempre novos, o ciclo de vida é inflexível; é um verdugo obstinado em manifestar os seus propósitos, à revelia da nossa vontade.
Ele supera todas as maquiagens, todas os modelos de “tosquia”
e todas as saponárias e perfumes com que tenhamos incensado o nosso corpo.
Com o passar do tempo,
ele, com lentidão aparente, vai-nos oxidando, e, quando damos conta, física e
intelectualmente, já não somos os mesmos. É evidente que o tempo mantém a sua
inércia inalterável; nós é que, absortos e embriagados por alguns prazeres, que
infelizmente não são outorgados a todos, vamos percorrendo o espaço temporal, sem
disso nos apercebermos. Vamos passando por ele, e não é ele que passa por nós.
Assim sendo, ainda não
tenho a certeza se a nossa existência é uma dádiva bondosa que a Natureza nos
ofereceu ou se uma artimanha com que nos contemplou. A minha confusão é de tal
magnitude que por vezes me deixa apreensivo por momentos, (como este), e
desorienta o rumo da minha compreensão. Não desconheço, porém, que esta questão
transcende o meu entendimento; contudo, não considero obstáculo que impeça a
minha dissertação sobre o assunto, mesmo que possa ser considerada uma
idiotice. Sou naturalmente teimoso. A culpa não é minha. Foi assim que
geneticamente a Natureza me produziu. Considero-me um ser cósmico, curioso e
amante de questionar o desconhecido, enquanto os meus neurónios encefálicos a
isso se não recusarem; porque, com o andamento no périplo temporal, as suas junções
nanométricas também se vão desgastando, e entre eles deixa de haver comunicação
– ficam “zangados; o que pressupõe paradoxalmente, o início do fim, para o
recomeço.
Bem, evidenciando os
meus frágeis conhecimentos acerca do Universo, está mais que provado, que tudo
o que nele existe está em movimento perpétuo - até prova em contrário. Contudo,
para que essa imortalização cinética se conserve, existem várias mutações na
matéria com vista a conceder ao Universo essa eternização. Eu não diria que
existe um princípio e um fim; mas admito a existência de uma criação destinada
a uma sequente destruição, com vista a uma transformação para um recomeço. Essa
mudança cíclica, é que determina o estado de toda a matéria que nele existe.
Bem vistas as coisas, isto até parece um paradoxo - será, mas não é; porque, no
final, nada existe que não tenha um princípio. Todavia, para que o começo
exista, também é certo que tem de obedecer a um fim.
Tudo o que nasce, já é
portador do bilhete de embarque na mão para essa transmutação cósmica.
No caso do Ser Humano,
que se tem como um ser pensante único, ele não passa de um idiota, um burro, um
ignorante, um falhado. Só arranja problemas para si próprio e para os outros
seres vivos que com ele coabitam, criando no seu habitat planetário, uma
imagem supliciante do suposto Inferno (digo suposto, porque não conheço outro),
por adulterar, graças à sua inteligência rasa, os princípios da selecção
natural, arcando depois com todos os resultados nefastos provindos do seu
indubitável desconhecimento.
Toda a Vida e a sua boa
ou péssima qualidade, depende de nós (refiro-me ao Ser Humano). Porém, já
estamos tão enlouquecidos, que não sabemos distinguir o que é benévolo, daquilo
que é maldoso. Estamos completamente embrutecidos. A nossa visão mental está
ofuscada pela ambição, pela cobiça e pelo poder para uso individual e não
colectivo. Estas três componentes é que, em vez de angariarem a paz, estabelecem
a guerra.
O presente resumo, por
ser redigido por um “palerma”, o seu valor pode ser de apreciação variável; no
entanto, atrevo-me a sugerir a todos aqueles que puderem aproveitar os melhores
momentos da Vida, que os gozem em toda a sua plenitude, - mas com juízo na
corneta; porque quando o fim da duração se aproxima, irão concluir que não
foram assim tantos como pensaram. Porque vida é muito curta e efémera. Rapidamente
chegará o dia em que quando vos mirardes ao espelho, com profundo espanto, reflectireis:
ah!? Como éramos e como estamos!
É nessa altura que concluireis
que a vida é um sopro e o estar neste Mundo é um risco - que tem de ser
suportado ou vencido.
Quem não possuir
resiliência para o suster e derrotar, goza de absoluta liberdade para embarcar
por conta própria, segundo a sua vontade.
A existência não passa disto. É um “engôdo”
da Criação para conservar a eternização do movimento Universal e certificar a
Sua Força Criadora.
E todos irão pensar o
mesmo:
- “Ah! Quem nós éramos e
como ficámos”!?
Mesmo assim, entre
adversidades e vitórias, entendo que não é mau viver. Mas, só após o embarque,
sem créditos nem bagagens, se verá!?
Pelo menos, enquanto eu
respirar e ouvir o assobiar ou rosnar do vento, legitimo que a minha existência
é uma realidade – por enquanto.
Depois, direi.
António Figueiredo e
Silva
Coimbra 10/06/2024
Nota:
Não uso o AO90.
Estas certicissimo continua a escrever e eu afirmo continuo a apreender um abraco muita motivacao e saude BRANCO como era nos meios da guerra bem mais conhecido
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