AÍ O TEMOS!
Se
não puder voar, corra. Se não puder correr, ande.
Senão
puder andar, rasteje, mas continue em frente
de
qualquer maneira.
(Martin Luther King)
AÍ
O TEMOS!
“Que
país é este”?!
- Questiona o nosso amigo Pedro Santa
Lopes - que nesta desorientada selva promoveu um mais um safari na caça à
mangedoura. Bem, eu penso que é Portugal.
Depois de ter usado e abusado de
diversos tipos de armamento, desde fisgas até carabinas, parece-me que desta
vez optou por armas mais possantes cujas munições de carregamento, penso que
vão ser zagalotes.
Avalio-o por ser já uma figura
sobejamente conhecida de todos os portugueses, pela sua legitimada lábia e
aguerrida teimosia, na conquista, não direccionada para a governação do Zé
Povinho, mas ao garimpo de uma posição cimeira que lhe possa garantir bons
rendimentos e notoriedade. É uma ambição sua, não contesto, pela qual tem
lutado com unhas - bem polidas e sem calos nos dedos - e dentes - se não
naturais, pelo menos inseridos.
Não sei, porém, como o nosso povo é achacado
a ataques de sonambulismo amnésico, pode ser que alcance o que ambiciona. Já no
passado, numa renhida e consistente peleja, também politiqueira, em que fez
luzir com fulgor toda a sua brilhantina, nem com as “santanetes” lá foi;
lembram-se?
Não duvido que não possa existir na sua
pessoa, volumetria capacitiva de querer governar (se), porque é uma “ocupação”
à qual tem “sacrificado” a sua alma e o seu coração, não abdicando, como é
óbvio, dos seus interesses e ambições, que sempre me quis parecer, colocá-los
em seu primeiro plano de actuação, como um experiente artista, com traquejo
nato e sabedor do papel que representa. E até se tem safo, não digo tanto como
ele desejaria, porque se assim tivesse acontecido, naturalmente que já se havia
“reformado” com uma choruda jubilação a servir-lhe de encosto, como fizeram
alguns “marmelos” oportunistas, também da sua faixa etária.
Gosto muito o ouvir o seu papaguear; é
possuidor de uma magnífica locução que convida à sonolência; as palavras são
convincentes – pelo menos ele deve pensar isso – e de uma macieza incomuns.
Nunca consegui compreender como é que Pedro Santana Lopes, ao longo de tantos
anos, tem conseguido articular paleio para preencher todo esse tempo. Por vezes
ponho-me analisá-lo e fico com a sensação de que a ladainha é sempres a mesma,
porque ele continua igualzinho a si mesmo.
É a figuras como a dele, que podemos
outorgar a titularidade de tachista nato. Isto é, já nasceu para essa realidade,
sendo o motivo para continuar sempre “em
frente de qualquer maneira”, custe o que custar. É como as rãs, que não
desistem de saltar de nenúfar em nenúfar, e lá vão agarrando as moscas mais desacauteladas.
“Balente”!
Que sorte o proteja… e a mim também.
Amen.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 20/02/2019
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