CALOU-SE UMA GUITARRA DE COIMBRA
Porque
a força anímica que alimentava os dedos que com suavidade, mestria e sentimento
lhe imprimiam o dolente trinar do seu cordame, abandonou-os para todo o sempre.
Quis o destino que assim fosse!
*Águas
das fontes calai (…)
Pelo
inverno desafortunado da vida, com a qual a Natureza não se compadece e
continua impávida no seguimento do seu perpétuo movimento, arrefeceu o corpo de
um dos grandes guitarristas e compositores do Fado de Coimbra: Francisco Martins.
Foi
Homem, médico, músico e acima
de tudo, grande amigo do seu amigo; um exímio e conversador, apreciador
moderado de boas petisqueiras, alegre, de porte cavalheiresco e respeitador.
Foi-se!
Contudo, deixou vasta cunhagem de obras, com especial relevo na interpretação musical para a “Canção da Primavera” (poema de Carlos Carranca), que o imortalizará
eternamente perante os seus amigos que ainda por cá vagueiam; será também um
tributo à cidade Coimbra, à sua Universidade e para os vindouros, uma valorosa
lição de que a vida não acaba aqui; assim nós queiramos.
Esta
é a homenagem que desejo prestar ao meu “finado” amigo, até que o futuro nos
faça encontrar.
*(…)
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar (…)
*Da letra de : Zeca Afonso.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
27/07/2014
http://antoniofsilva.blogspot.pt
“Crónicas de um crónico”
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