QUANDO A TERRA TREMER
Por
ter lido em www.politica.queiramais.com
um
artigo intitulado “O Ínfimo Planeta Terra”,
de Miguel Portela, ocorreu-me esta visão
do “Armagedão”, há anos em arquivo.
QUANDO A TERRA TREMER!
O homem não
tem emenda. Desde os horrores de Hiroxima e Nagazaki, que o nosso planeta se
tem vindo a defrontar com uma fragilização na sua estabilidade.
Por um lado graças à ciência, que vasculhando no
âmago da matéria, conseguiu concluir que o infinitamente pequeno conseguia
destruir o infinitamente grande graças a uma desprezível partícula chamada
neutrão ou através de outro pequeno elemento chamado vírus, que pode rebentar
com toda a cadeia de ADN. Por outro lado, graças também ao fanatismo ideológico
que atrofia a percepção analítica, e limita assim os horizontes da razão. Ainda
por outro lado, o alastramento do egocentrismo que prolifera como uma peste
negra e faz com que cada um seja escravo de si próprio e por arrasto escravize
os outros.
São estas três
razões que, em tresloucada inconsciência hão-de fazer a terra tremer num
estertor apocalíptico onde nem as bestas escaparão.
Isto pode
acontecer – que vai acontecer - enquanto subsistirem meia dúzia de cabeças onde
a noção de vida não tem espaço para existir. E não tenhamos dúvidas quanto à
sua existência. Estão hibernando no frio dos seus pensamentos maquiavélicos à
espera que germinem as condições adequadas para encetar a destruição, que eu
considero factível, perante os elementos de prova de que tenho conhecimento.
Na América do
Norte, Rússia, Ucrânia, China, Índia, Paquistão, Iraque, Irão, França e muitos
outros, estão os condimentos prontos para gerar um caldo que atingirá
temperaturas acima dos vinte mil graus centígrados, milhares de milhões de quilowats
de energia e ciclópicas tempestades com ventos capazes de aplainar a face
da terra, ou mesmo fragmentá-la.
Encafuados em
fortes silos de betão armado e escrupulosamente bem guardados por sistemas de
alta segurança, estão armazenados os fazedores de fogos de artifício de um
futuro escuro como breu, que trarão a destruição maciça à vida neste planeta e
se calhar até o seu próprio fim como matéria palpável.
Estes monstros
destruidores estão à mercê de cabeças que eu não confio, e basta que eles saiam
do seu casulo para que os neutrões libertados, na sua fúria desenfreada, se
encarreguem de seccionar tudo quanto é vida, transformando a sua equivalência
em energia no momento da destruição.
Irá ser um
“parto” aterrador onde muitos nem vão ter a possibilidade de ranger os dentes
num último alívio de aflição. É à velocidade da luz que tudo isto funciona e
nada mais; onde o tempo e o espaço possuem um estado referencial diferente
daquele que conhecemos nesta existência.
Quando a terra
tremer, não irá sobrar ninguém para contar a história. O homem, aprendiz de
feiticeiro, passou a outro estado de matéria, fenómeno que ele próprio criou e
inconscientemente fez deflagrar.
E lá fica a
terra! “Vã, informe e vazia”!... Ou apenas um lugar no cosmos onde antes existiu
vida, substituída por uns milhares de meteoros, resultado da sua fragmentação,
que vagueiam pelo espaço até serem capturados pela força da gravidade de
qualquer outro astro nesta ou noutra galáxia existente nos incomensuráveis
confins do Universo.
António
Figueiredo e Silva
Coimbra
10/05/2007
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