NÃO.
NÃO.
(Atitude
inadequada para urgências hospitalares)
Dia 2 de
Agosto de dois mil e doze.
- NÃO (?).
Trovejou o médico, pragmática e secamente, sem gaguejar, dando relevo à magnificência de um despotismo amplamente caracterizado, em nada condizente com uma formação académica. Pode ver-se no entanto, que a essencialidade ou a confirmação da réplica, implica numa má formação cívica, socialmente “condenável” e por isso censurável, pelo lado negativo, claro.
Trovejou o médico, pragmática e secamente, sem gaguejar, dando relevo à magnificência de um despotismo amplamente caracterizado, em nada condizente com uma formação académica. Pode ver-se no entanto, que a essencialidade ou a confirmação da réplica, implica numa má formação cívica, socialmente “condenável” e por isso censurável, pelo lado negativo, claro.
Como retorno:
- Desculpe Sr.
Dr., mas creio que não estou numa esquadra de polícia para o Sr. me falar nesse
tom sêco e altaneiro, que eu julgo, sem fundamentos para tal.
O dedo do erro
deve ter-lhe roçado a consciência, pensou uns segundos e observou:
- Se quiser,
pode entrar.
- Agora não –
retorqui - desenrascar-me-ei de forma diferente, muito obrigado.
Isto sucedeu quando tive
necessidade de adquirir um esclarecimento e requestei o pedido de autorização
para entrada no gabinete onde este sr. havia acabado de entrar.
Não era desta forma boçal que eu
conjecturava ser recebido num serviço de urgências hospitalar, quando por força
das circuntâncias me vi coagido à usança daqueles préstimos sociais. Sempre
sopus que num serviço destes não surgissem impecilhos mal aquilatados, mas
seres humanos com formação e formatura
para cabal desempenho das funções ali exigidas. Afinal, desta vez enganei-me. Não
quero com esta observação medir pela mesma rasa o restante pessoal com quem
contactei, que foi de excepcional atenção, no entanto, não desconheço que a
existência de uma maçã podre num cesto delas, se não for condicionada, acabará
por danificar as restantes. É bem provável que o esculápio também se tenha
enganado na pessoa com quem teve o desprazer de contactar.
Como isto
aconteceu depois do almoço, é natural que o clínico, nesse dia afecto ao
serviço de urgências, tivesse necessidade de sorver rapidamente uma “frugal” refeição
e provavelmente devido a um problema de aerofagia que lhe contraia o diafrágma,
estivesse a ter uma digestão difícil resultando daí o seu ímpto grosseiro que
não se justifica para ningém, quando a razão não é legitimada.
Levo isto a
público, porque certamente que muitas pessoas já passaram por situações
análogas e ficaram rilhando os dentes em compulsivo silêncio de revolta
sustida, com temor de que pudessem haver retaliações. Este não foi, nem nunca
será o meu caso.
O despoletador
do diálogo acima narrado foi o sr. dr. Rui
Cândido, “digmo. médico”, funcionário do Hospital de Chaves, a quem é pago
um salário para servir convenientemente os enfermos que por lá aparecem,
contudo, dentro de uma deontologia e de uma ética devidamente clivadas. ASSIM, NÃO!
No entanto e
sem rancor, bem-haja pela sua existência condimentada por boçal etiqueta.
António
Figueiredo e Silva
07/08/2010
www.antoniofigueiredo.pt.vu
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