EU, NUNCA VI TAL!?...

EU, NUNCA VI TAL!?... 


Com o testo sobre a cachimónia por causa da calmaria e o tacho na mira como fé, começou a “peregrinação” às eleições Europeias. No nosso país, cada partido apresenta o seu postulante como sendo a melhor opção para aquela caçarola, que a muitos faz activar as glândulas salivares constrangendo-as a trabalhar até à exaustão no sentido de transformar a ambição em torrentes de densa e pegajosa baba, necessária à lubrificação dos efusivos discursos, onde é dissipada sob a forma de “infecciosos” gafanhotos. Não é caso para menos! Cuidado com a gripe suína. Todos são bons, uns mais do que outros, nas imaginações políticas que futuramente prometem defender, todavia isso não passam de atoardas. Para o efeito, o PS foi “pescar” uma rémora ao oceano cerrado do PCP, não pensando evidentemente que era uma rémora, mas um tubarão de grande envergadura. Contudo, pelo que tenho visto e ouvido - apraz-me dizer - que quem escolheu aquela figura, provavelmente sentir-se-á bastante arrependido porque lhe deve ter saído uma moeda falsa. Ainda que o nosso Primeiro-ministro se coloque em primeiro plano para lhe dar a sua força tutelar, quer me parecer que o “tubarão” não vai lá das “barbatanas”, nem com o auxílio de muletas. Vital Moreira não consegue esconder o seu sísmico nervosismo atrás do sorriso “esquálido” que apresenta e disfarçar a sua insegurança interior através da calma que simula, apesar de “pincelada” com uma verbação lânguida e de fino timbre. Não possui o essencial: o domínio catalisador de massas. Por isso, este não apavora os antagonistas que também estão em frenética passada à dourada manjedoura da União Europeia. É este o cabeça de lista que diz ainda estar à espera de um pedido de desculpas do PCP ao PS (a ele) por causa das agressões e dos insultos de que foi alvo durante a manifestação da CGTP, comemorativa do 1º de Maio. Penso que bem pode esperar sentado! Não deve certamente conhecer bem o partido a que pertenceu, que é duro e obstinado como um arrocho, no seu traçado político. Deve ter aprendido muito pouco, apesar de ter passado por uma grande escola. Por acaso, quem com ironia, desprezo e em poucas palavras, bem caracterizou Vital Moreira, foi Alberto João Jardim, que com toda a boçalidade e descontracção que lhe são inseparáveis, o catalogou, “é um rato que abandonou o navio”. Esta foi boa, não foi?... Recostei-me ao meu puído sofá e ri até os músculos do diafragma me alertarem para o perigo do meu excesso de contentamento. José Sócrates o Primeiro-ministro, em conturbada apoquentação, até mendigou ajuda ao seu “amigo” José Luís Rodriguez Zapatero para apadrinhar o lançamento e ajudar na clivagem não daquele diamante político, mas do bocado de xisto meio politizado, isto é, se não houver tramóia por detrás de tudo isto!? Nunca se sabe?!... Neste contexto, não é Vital Moreira, coitado, que assusta, mas sim o que poderá estar a ser cozinhado nos bastidores da politiquice. Porque foi o nosso Primeiro-ministro importar um “padrinho” de nuestros hermanos? Suponho que não foi certamente para convencer os portugueses!? Eles estão fartinhos de falácias e muito menos vindas de além fronteiras. Não teremos nós figuras de proeminência comprovada para o desempenho de análogo papel? Ou, à semelhança de alguns sistemas bancários, também já entraram em falência os nossos intelectuais de alto gabarito?!... Fiquei deveras boquiaberto. 
Eu, nunca vi tal!?... 

 António Figueiredo e Silva
 Coimbra 
www.antoniofigueiredo.pt.vu

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