À cautela, é
sempre preferível ter um
cão amigo, do que um “amigo” cão.
(A. Figueiredo)
“CÃES”
(Poema
reactivo e azêdo, de um não poeta)
Da consideração patológica pelos cães,
ao desprezo pela raça humana.
Na
verdade, que outra reacção poderia eu ter, em relação a tão agreste tomada de
posição? “Cães”!!!
Porque
a raça canina é que está sob tutela regulementar, já vale a pena ser cão. Como
tal, deixem-me “ladrar” e ao mesmo tempo “rosnar”, um hino de louvor aos
“Cães”.
“
CÃES”
Os “Cães” defendem os cães
Com grande força canina;
Desconhecerão as suas mães,
Ou é loucura que os anima?
Velho ferrugento não presta,
É logo posto ao abandono.
A última sorte que lhe resta
É dormir um eterno sono.
“Cães” ranhosos que mandais
No indefeso ser humano,
Àmanhã porque esperais?
Ensacados no mesmo pano.
“Cães” com cães se caldeiam;
Que confusão no seu latir.
Às vezes parecem rosnar,
Outras aparentam grunhir.
Nem esquerda, nem direita,
Chove merda por todo o lado.
A fatalidade está à espreita
E o povo mantem-se calado.
Submisso, mas a gemer,
A suportar as ferradelas
Que os “Cães”, sem esmorecer,
Lhes aplicam nas canelas.
“Cães” que não pensam são um perigo;
“Cães” que não sabem são um desatino;
Voltando o Mundo ao contrário,
Trocam o Humano pelo canino.
“Cães” moncosos, “Cães” raivosos,
“Cães” que merecem desdém.
Entre si, “amigos fervorosos”,
Mas não respeitam ninguém.
É vê-los levantar as “patas”
E à foice e à martelada,
Dão mais valor aos cães
Do que à franzina velhada.
É toda uma canzoada
Que nos põe a génio a ferver.
Para evitar a derrocada
Temos de os combater.
“Cães” com cães se misturam,
Parecem até da mesma raça;
Apartá-los é um problema
E lá continua a desgraça.
Não é fácil arrumar os “Cães”,
Disso temos de nos convencer;
Por serem mais do que as mães,
Vão custar a desaparecer.
A crise já está decretada
E não adianta “rosnar”.
Mesmo sob fivela apertada,
Temos de os aguentar…
(Até
ver!?).
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
11/02/2017
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