Estimado
amigo.
Faz hoje
anos que, numa terra outrora denominada Farinha Podre, posteriormente rebaptizada
S. Pedro d’’Alva, que as suas pupilas se arreguilaram* para alcançarem,
extasiadas, os raios graciosos e rasteiros do sol hibernal, mantendo esse ramerrão,
embora com algumas correcções, durante oitenta
e oito anos!
É
um privilégio que não toca todos! Por isso, sim, acho que deve festejar esse
acontecimento extravasando toda a sua peculiar alegria num meritório
agradecimento doado à Natureza, por esta lhe haver concedido essa benesse.
Uma
vez que, por enfermidades várias não me foi “outorgada” a satisfação de estar
consigo na festa do seu aniversário, apesar de me haver formulado um convite,
não queria deixar de demonstrar a minha exultação por vê-lo chegar a esse bandeja
etário com as “invejáveis” capacidades intelectuais e físicas, que até agora o
têm acompanhado, quase que, isentas mazelas.
Espero,
ou desejo mesmo, que ultrapasse a fasquia do século, como anseia, mas com toda
essa forte vitalidade que o tem assistido ao longo de toda a sua existência
nesta ténue passagem através tempo.
Tanto
quanto o conheço, a sua teimosia tem vencido os buracos que se lhe têm deparado
na vida, sem contudo ter perdido o norte, a alegria e a vontade de viver.
Admiro-o por isso.
Como
tal, nem só “Coimbra é uma lição”; o meu ilustre amigo também o é. Só não o
será, para quem não souber “ler”.
Com
um Grande Abraço! Parabéns.
António de Figueiredo e
Silva
*Neologismo
aplicado aos reguilas,
hoje
conhecidos por hiperactivos.
Obs:
…eu sei, o que não sou é a favor
do novo acordo ortográfico.
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