Todo
o amor baseado no interesse,
cessa
com a causa que o fez nascer.
(Frase
judaica)
AMAR O QUÊ?!
AMAR AZEMÉIS
AMAR AZEMÉIS
Sempre
fui um crente nato na dissimulação dos sentimentos humanos quando gravitam
jogos de interesses à volta dos mesmos. As vantagens obtidas, sobretudo do género
material, são a força anímica desta falsidade, que com alguma mágoa digo, têm
vindo a ocupar as tendências de algumas pessoas tidas como a nata, ainda que
apodrecida, da nossa comunidade.
Apesar de todos saberem ser uma
desvirtude condenável, alguns componentes da sociedade sabem disso mas não
ousam piar, porque a regulamentação legal tutela o crime “corriqueiro” de
difamação - ainda que esta seja uma realidade - com pesada martelada, sendo
esta aplicada na razão directa da posição elitista ocupada pelo “presumível”
prevaricador, que no fim ainda fica a escarnecer por conta própria, no gozo dos
resultados legais conseguidos a partir do seu falso AMAR.
É perante esta hipocrisia no AMAR, que deparamos
com casos surpreendentes de corrupção, tráfico de influências e descaminhos
manhosos do tesouro comunitário, direccionados a rechonchudas contas bancárias
particulares; algumas delas especiais, cá ou no estrangeiro.
Claro que o AMAR simulado pode ter como
consequência outras presunções criminosas, tais como: peculato, corrupção activa
e passiva, juntando a estes crimes o de imoralidade (prevaricação), o cosmos
uterino onde todas estas situações se desenvolvem, até serem exaustivamente
investigadas e provadas, muitas das quais vão dar em águas-de-bacalhau; é só uma
questão de bons juristas, que são pagos a peso de ouro; estes, que supostamente
deviam ser notáveis defensores da VERDADE, são contudo, quando bem “untados”, uns
verdadeiros lobos na defesa das consequências prejudiciais do falso AMAR.
Existem porém situações onde a
impossibilidade na defesa não é manifestamente colossal para o conseguir,
porque as provas colhidas são de irrefutabilidade absoluta, e neste caso, o perversor
paga “bem” pela sua má conduta.
Aí, sucumbindo ao peso da realidade
probatória, tudo volta à razão primeira da causa que deu origem à falsidade no AMAR.
Todavia, sempre que isto não é
conseguido, lá vão um ou mais desgraçados para o “buraco”, transportando com
revoltada resignação, a sua razão às costas.
Por isso devemos procurar inteirarmo-nos da
falsidade que poderá subsistir por detrás do vocábulo AMAR.
Amar o quê, e porquê?
António Figueiredo e Silva
Oliveira de Azeméis, 19/06/2017
www.antoniofsilva.blogspot.com
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