domingo, 2 de junho de 2024

O IDIOTISMO


 

Duas coisas são infinitas:

o universo e a estupidez humana.

Mas, em relação ao universo,

ainda não tenho certeza absoluta.

(Albert Einstein)

 

O IDIOTISMO

 

    É atributo próprio de indivíduos bagageiros de um físico com espírito, porém com o cérebro de reduzida dimensão, ou mesmo, inexistente. São massas encefálicas com características áridas, onde a erudição não medra - é evidente que os “burros” não têm culpa de terem nascido burros -, contudo, são estes atributos naturais que empurram estes patetas para o purgatório da ignorância; o estume tóxico que faz abrolhar a agressividade, a estupidez, a imbecilidade, a rusticidade, a patetice, que culminam na falta de civilidade, o ponto forte da estupidez.

Na cegueira da sua nata ignorância, é natural que “cogitem” um dia serem compensados no além, brindados com um pacote de indultos, escutando a sonoridade de uma melodia seráfica.

Contra isso, nada tenho a contradizer, pois é um conteúdo de confiança própria. Só eles é que sabem. E, além de ser uma questão de crença exclusiva, é também uma matéria que consiste numa filosofia pessoal enraizada num oásis de ignorância - que bastante os deve supliciar.

É por isso que encontramos alguns comentários estúpidos, agrestes, animalescos, grosseiros e incivilizados, que metem asco ao mais pacato dos mortais (menos aos “burros” ou mentecaptos), que nem merecem qualquer réplica. É preferível deixá-los sós, em solilóquio, a tocar a sua “música sacra” no corêto do vazio.  

Sim, esta serradela é direccionada àqueles que se sentem felizes ao recorrer a vernaculismos e/ou insultos, que são indigestos às pessoas de boa paz e amantes da ética e do civismo.

Apesar de haver liberdade para tudo, existem estatutos que a cercam e princípios regem e tutelam os valores dessa mesma liberdade, mantendo-a dentro do seu círculo limitador. São formas ou maneiras de preservar a paz e a estabilidade colectivas, que nos permite viver num Mundo melhor.

Para isso, existe o PODER e o DEVER. PODER, todos podemos fazer tudo o que nos der na real-gana; porém, o mais importante, é saber se devemos ou não fazer - é no espaço que medeia entre estes dois pontos, que se situa a ponderação, a consciência e o conhecimento.

No entanto, o primeiro pressuposto, (PODER), está ao alcance de todos os seres pensantes, e é extensivo a todas as “cáfilas, récuas, varas” e outros seres análogos; a segunda premissa, (DEVER), abrange somente os sensatos, os judiciosos e os ponderados; os que tiveram a sorte do hélice do seu ADN os haver “traçado” com uma massa encefálica bem facetada e de polida nobreza. Ou seja, com capacidade para raciocinar.

Porém, isso não impede (ou não deve obstar), a que “todos possam ser livres” de dizerem e materializarem (?), tudo o que lhes vem à mona, mas… se o não fizerem dentro dos parâmetros da civilidade, porém no âmbito da parvoíce, sujeitam-se a serem os tapetes rascas onde a crítica social limpará as suas botas.

Antes de terminar, entendo também ser minha obrigação, exprimir o meu mais afincado reconhecimento aos idiotas; sem esses “nabos”, o meu êxito, certamente que seria mais reduzido.

A todos, um GRANDE ABRAÇO, deste velho Combatente de Mueda…

…que ainda preserva a “pancada”.  

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 02/06/2024

www.antoniofsifsilva.blogspot.com

Obs:

Confio que não venha por aí alguma “vespa velutina”,

de ferrão aguçado, pronta para picar a minha mioleira.

    

Nota:

Não uso o AO90

 

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