O problema de
resistires a uma tentação é
que
podes não ter uma segunda oportunidade.
(Laurence
J. Peter)
PELA
BOCA MORRE O PEIXE
Não, Miguel Sousa Tavares, apesar de se
ter como um erudito, um poço sapiência (e vaidade), ainda não teve magnanimidade
suficiente para chegar à conclusão de que não descobriu a pólvora.
É manifesto, que nas críticas sociais
tecidas a Ricardo Robles, e ensacadas
em papel pardo, subsiste uma mistura de inveja com uma justa razão de as fazer,
não porque ele tenha praticado algo de ilegal, mas porque meteu o pescoço na
lâmina da guilhotina da sua incoerência. O facto a apontar foi esse.
Naturalmente que, se muitos tivessem tido uma oportunidade semelhante,
certamente que a não haveriam extraviado, porque, como reza um provérbio árabe,
“camelo selado não passa duas vezes na
nossa vida”; a questão é apregoarmos que somos contra quem monta camelos (o
caso de Ricardo Robles), e, armados em “camelos”, quando eles aparecem, vamos
montá-los.
As apreciações propagandeadas pelos meios
de informação da nossa comunidade, não incidem sobre quaisquer ilicitudes por
ele praticadas. A questão foi que, esta figura pertencente ao catálogo autárquico
olissipense, mercê das suas dissertações “populistas”, naturalmente com vista a
solidificar a demarcação da sua imagem, avalisou-se com grande tenacidade e “convicção”,
como uma barreira forte contra a gentrificação. Até aqui, é verdade.
Bem, como a ambição - própria de todo o
ser humano - e a oportunidade surgiram, caiu na patetice de remar contra a
ladainha que ele próprio instituiu?! Perante a sua tomada de posição em face da
ocasião surgida, mordeu o anzol. Claro que foi um “oportunista”, mas talvez não
tivesse sabido sê-lo na oportunidade certa; por isso, é notório que expôs o seu
canastro às pauladas da sociedade!?
Isto sempre foi assim, e quanto mais
alta é a alcândora, maior é o trambolhão.
É preciso ter sempre em mente que, “pela boca morre o peixe”.
O certo é que aconteceu.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 01/08/2018
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