A
prudência dos covardes assemelha se à luz das velas;
ilumina mal, porque treme.
(Victor Hugo)
(Victor Hugo)
A
BARRELA
Antigamente
usava-se a barrela para desencardir a sujeira da roupa imprensada pelos
afazeres do dia-a-dia.
Actualmente, esta técnica, se assim se
pode chamar, entrou em desuso, ou de outra maneira, o seu uso é dissemelhante,
tendendo à não obtenção dos resultados pretendidos.
A técnica da barrela tem vindo a ser utilizada
nos caminhos da política, como se a regateirice fosse uma desvirtude imprescindível.
É certo que o seu aproveitamento é
utilizado por pessoas de baixo carácter e baixa formação cívica onde a cobardia
e o anonimato são uma constante.
Numa comunidade civilizada normal, para
além de constituir um direito, é também um dever cada um expor as suas opiniões
e os seus objectivos, sem recorrer a impropérios ou falsos argumentos e
achincalhamentos, apenas pelo mórbido prazer de denegrir, escudando a sua
figura na penumbra do incógnito que é projectada pelo muro da cobardia.
Se quem ouve, quem lê, quem sente, for
senhor de uma personalidade vincada e uma maneira de interpretação laminar e
concisa, a propaganda de barrela, por
norma tem sempre efeitos contrários aos previstos pelos lavadores de roupa suja.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 01/10/2017
www.antoniofsilva.blogspot.com
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