As
Torres Gémeas, que foram o
Símbolo
do Poder e da Vaidade,
eram
fortes também colapsaram.
QUEM
CABRITOS VENDE…
Ao longo da História, sempre existiram várias ocorrências
em que o poder absoluto foi degolado pelas evidências da razão.
Se é verdade (acho que sim) ou se é
mentira, este Sr., a quem a maioria dos portugueses confiou os seus destinos,
ao que tudo indica, os traiu.
“Quem
cabritos vende e cabras não tem, d’algum lado lhes vêm”.
Este adágio popular cuja criação se
perde na memória dos tempos é aquele que com mais fiabilidade retracta o caso
polémico do Sr. José Sócrates Pinto de
Sousa, antigo Primeiro-ministro de Portugal.
O ilustríssimo implacável magistrado
Carlos Alexandre, que tem sido uma vítima nas mãos conspurcadas da intriga, não
se tem deixado desmoralizar apesar de tudo o que ignobilmente tem sido
arquitectado com vista ao seu derrube. Este Homem, de carácter de aço, a tudo
tem resistido com indomável convicção suportada pela análise dos factos que lhe
têm vindo a ser apresentados.
Não assemelhou ninguém a ladrão,
vigarista, corrupto, traficante de influências ou mau governante – que até foi;
nada disso. O que tem feito até agora é tentar saber a qual proveniência dos “cabritos”.
Perante os factos até agora conhecidos
tudo leva a crer, por muito que a defesa não se conforme, é a sua missão, que
as cabras – e os cabrões – existem, mas por certo não serão, ou não terão sido
sua pertença.
Enquanto o poder estava nas mãos do Sr. Pinto de Sousa, o rebanho era
manobrado com a máxima cautela, sigilo e alguma repressão para que os "cabritos"
dele provenientes nunca fossem contabilizados e o rebanho se mantivesse no
anonimato, não escondendo porém a sua existência, porque não há filhos sem mãe.
Quando o poder acabou, uma onda de
vaidade e ostentação excessivas sobressaíram na “austera” e “pacata” vida do
Sr. José Sócrates que mais tarde o levaram a um retiro para meditação forçada,
confinado a um espaço que ele próprio nos seus tempos áureos mandou beneficiar,
sob número “44”. Ainda não sei
porquê, mas se calhar foi por ser bom rapaz e ter dado esmolas aos pobres.
No fundo todas estas coisas e mais
algumas despertaram no sistema legal e investigatório português fortes dúvidas
acerca da proveniência dos “cabritos” e a consequente localização do rebanho,
fonte da sua proveniência.
Foi para desintrincar este labirinto
repleto de interrogações, contradições, acusações e confissões, que foi nomeado
um magistrado, por sinal irredutível, na pessoa do Meritíssimo Juiz Carlos Alexandre.
Este, mesmo sujeito a altas pressões de
todo o género, tenazmente até agora não abdicou do papel que lhe foi outorgado,
procurando executá-lo com a máxima eficiência, demarcando uma linha recta na
doutrina da jurisprudência, escudada de quaisquer desvios.
Ora bem:
Que os “cabritos” existiram, é uma
evidência; o rebanho também vai ser achado.
Por isso…deixem o Homem trabalhar em paz,
porra!?
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 09/06/2017
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