CENSURA
MORDAZ E OPORTUNA
(Loureiro
também é vida!)
É
crítica incisiva, porque é construída em incontestáveis evidências que se
encontram à vista de todos; só que muitos fazem vista grossa por lassidão
própria ou porque não lhes interessa
Oportuna, porquanto estamos em temporada
de poda eleitoral e os galos tratam de aguçar os seus esporões para a rinha e
afinar o seu cantar para a catequização das massas. É pois este o momento
próprio para fazer a divulgação de algumas mazelas que, em princípio poderiam
ter sido precavidas se os afazeres houvessem sido concebidos com
profissionalismo e responsabilidade. Quem fez mal porque não pôde fazer bem?
Não pretendo incriminar apenas os
executantes, que na maior parte das vezes até nem são os culpados, mas também
os dirigentes, que por incapacidade própria não sabem mandar.
Repare-se no estado em que se encontra
esta rua, uma das artérias mais compridas de Loureiro, com cerca de 2.000
metros, por diariamente se escoa um trânsito “infernal”; o seu tapete, que mais
parece um velho capacho, já anda a carecer de uma requalificação – palavra muito
usada pelos politiqueiros que quer dizer reparação ou arranjo; uma via que é da
responsabilidade da autarquia municipal, mas que se encontra vedada aos bons
ventos; isto é à boa vontade de quem de direito.
Pelas obras que vejo realizar em tantas
outras freguesias pertencentes à mesma concelhia sou forçado a colocar-me numa condição
interrogativa: porque não na minha terra?
Perante este pensamento inquiridor,
apenas me resta dispor de justificações para o sucedido e aqui começam a surgir
as suposições que, mesmo não passando de meras ilações, sei perfeitamente que a
alguém não vão deliciar; apesar da sua dureza, espero que façam uma boa
digestão.
Primeira: será que existe aqui uma rivalidade
nas doutrinas e nos cromatismos políticos e como tal, poderão uns serem
filhos-da-mãe e outros filhos-de-pai-incógnito?!
A meu ver, pela simples razão de uns não
comungarem dos mesmos ideais que os outros, não se justifica que as ajudas de
apoio e dádivas financeiras não sejam distribuídas com a máxima imparcialidade
e boa vontade – se é isto que tem
acontecido.
Pelo menos, esta é a noção que tenho de
democracia, onde a igualdade de direitos e deveres deve ser tida com uma constante.
Segunda: será que a equipa
administrativa da autarquia local é pouco consistente e não tem craveira para
fazer exercer o que por direito lhe é devido ou tem andado a dormir na forma?!
Eu não sei. Que entenda quem sabe e
responda quem queira.
Noa entanto e para concluir “requalifiquem”
a Rua da Vidigueira para que ela possa dar o seu para embelezamento do cartão
de visitas cá da terra; aplainem o seu piso, mandem nivelar os buracos de escoamento
de águas pluviais, verdadeiros alinhadores de direcção e afinadores de suspensões;
aproveito para solicitar a V. intervenção nos “jardins” que ladeiam as bermas e
as valetas.
LOUREIRO TAMBÉM É VIDA, PORRA!
António Figueiredo e Silva
Loureiro, 23/06/2017
Sem comentários:
Enviar um comentário